sexta-feira, 4 de março de 2011

Não faria hoje mais sentido falar de "subsídio de interioridade"?

1. Ouvi na televisão e li no jornal Sol.
"O conselho do Governo da Madeira deliberou hoje um acréscimo de dois por cento no salário dos trabalhadores da função pública no arquipélago em 2011 a título de subsidio de insularidade.
Esta foi uma das conclusões da reunião do conselho do executivo madeirense que decorreu sob a presidência de Alberto João Jardim." 

2. "Absoluta falta de vergonha!
Os políticos iam diminuir os vencimentos em 15% não iam?
Pois iam, tinham essa intenção....
Mas agora, no Orçamento, aumentaram-se em 20% nas despesas de representação e assim compensam aquele sacrifício.
Um truque que é um escândalo, pois tem a condescendência do maior partido da oposição!!!
Isto é de bradar aos céus.
É tão baixo e tão despudorado que não há palavras para qualificar esta situação torpe e asquerosa que só envergonha e diminui aqueles que a tornaram possível!
Este país não vai longe...com políticos deste calibre!
Haja vergonha, senso e respeito pelas pessoas!"

( Pode ler estes dois textos aqui)

Palavras para quê? Há tempos foram as compensações dadas aos funcionários públicos dos Açores para que estes não sintam os cortes orçamentais. Agora é a Madeira...
Mas então há portugueses e "pretugueses", como diz o povo? Há uns que pagam a crise para que outros não sintam a crise? Que país é este? Que justiça? Que vergonha?
Fala-se em  "subsídio de insularidade" como justificação para o aumentos de 2% na Madeira. Não faria hoje mais sentido falar de  "subsídio de interioridade"? Regiões como a transmontana e a beirã interior têm um nível de vida bem abaixo da madeirense.

Quanto ao aumento de 20% nas despesas de representação (se é mesmo assim), que é que esperamos da classe política que temos!?
Os políticos - governo e oposições - parecem apostados em não querer aprender nadinha. A mesma linguagem, as mesmas guerrinhas de "Alecrim e Manjerona", o mesmo vazio de projectos, a mesma divisão, a mesma sedução fatal pelo "poleiro", o mesmo apetite por "tachos", a mesma vã cobiça de mandar...
Que todos os inquéritos ponham os políticos sempre no fundo da lista de confiança da população, que a abstenção eleitoral seja gigantesca, que o desinteresse das gentes pela política esteja no auge...Nada os incomoda. Parece que vivem numa estufa à prova de balas. Até quando?

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