terça-feira, 22 de setembro de 2009

Gostava que defendesse a verdade

Certo dia, um sacerdote é recebido pelo seu Bispo. A determinada altura da conversa, o padre diz-lhe que há muitos leigos e padres a criticar o Bispo.
- Ah, sim! - responde o Bispo.
Então o padre, parecendo-lhe ter recebido do Bispo luz verde para falar, deita cá para fora.
- Há leigos que se queixam-se que o senhor só muda os padres de que o povo gosta. Aqueles que as pessoas não apreciam, nunca lhes toca. Que demora imenso nos pontificais na Sé e que fala muito e diz pouco. Que nas visitas pastorais não está atento às especificidades de cada comunidade e que tem sempre o mesmo tipo de intervenção. Que dos padres todos ouve meia dúzia deles e os outros são paisagem. Que não presta a devida atenção aos movimentos eclesiais. Que os leigos se queixam que não é respeitado o seu papel na Igreja. Que a diocese está sem rumo pastoral... Mas olhe que eu defendo-o sempre!
- O Bispo sorriu e depois disse calmamente:
- Defende-me? Mas eu não quero que me defenda a mim. Quero que defenda a verdade.

2 comentários:

  1. Amicus Plato sed magis amica veritas...

    Inteligente (e acutilante) a resposta do Sr. Bispo.

    Uma boa noite e um santo dia.Paz.

    Evágrio Pôntico

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  2. A última frase interventiva do padre também não foi muito feliz...Podia tê-la eliminado do discurso!

    Beijinho

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