Portugal acaba de ser considerado o 9.° país mais pacífico do mundo. Estudo da revista britânica The Economist, denominado Global Peace Index, refere que a criminalidade registada em território nacional, mesmo tendo mais de 391 mil participações criminais num só ano (2006), é das mais irrisórias num universo de 121 países alvo de análise.
A tendência registada em Portugal é seguida por diversos outros países europeus. O estudo, que compreende 24 factores de critérios de avaliação (crime organizado, verbas destinadas às Forças Armadas, rendimentos dos cidadãos ou nível de educação, entre outros), indica que entre os 10 países mais seguros do mundo sete são da Europa.
No primeiro lugar da lista mundial surge a Noruega, seguida da Nova Zelândia, Dinamarca, Irlanda, Japão, Finlândia, Suécia, Canadá, Portugal e a Áustria.
Em Portugal, mais de 50% da criminalidade, que anualmente é participada às diversas entidades policiais e judiciais, reporta-se, quase só, a delitos punidos com penas menores. A ofensa à integridade física simples, a ameaça e coacção, os maus tratos do cônjuge, os furtos de e em veículos, os furtos em instalações comerciais e industriais, a condução sobre o efeito de álcool e a condução sem habilitação (falta de carta) são dominantes no sistema judicial nacional.
Os números nacionais relativos a 2006 reflectem, ainda assim, um acréscimo da criminalidade participada, na ordem dos dois por cento (mais 7832 casos do que em relação a 2005).
Por outro lado, a criminalidade violenta grave em Portugal cifrou-se em 5,5% do total registado. E, desta, cerca de 80 por cento (5.378 casos, segundo enuncia o Relatório de Segurança Interna de 2006), refere-se a roubos por esticão, praticados na via pública. Este crime (juridicamente considerado como roubo, porque implica violência) é, de resto, o de maior incidência nacional. Entre os crimes de violência grave, contabilizaram-se, no ano transacto, em Portugal, 194 casos de homicídio voluntário consumado, 673 relativos à ofensa à integridade física de forma grave, 341 de violação e 556 relativos a raptos, sequestros e tomada de reféns.
Os grandes centros urbanos do litoral foram os locais onde a criminalidade grave teve maior incidência.
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