terça-feira, 7 de agosto de 2007

Trapalhadas e mais trapalhadas

Ministério da Saúde. É o que se vê. Descontentamento por todos os lados. Uma política de saúde que ningém percebe e que nem o próprio ministério é capaz de explicar. Medidas avulsas, um dia avançadas, depois retiradas. Injustiça. Querem um exemplo? Se sofre um AVC tem que pagar; se quer fazer um aborto, tudo gratis.
Estes senhores já deviam ter percebido que com a saúde dos portugueses não se brinca. Um povo doente é um povo improdutivo e infeliz.

Ministério das Obras Públicas. Um desastre. Desde declarações infelizes do seu titular (noutro país democraticamente digno, este senhor já teria há muito pedido a demissão), passando pela questão do novo aeroporto que agora é aqui, depois fazem-se novos estudos, em seguida já pode ser ali...

Ministério da Educação. Uma calamidade. É a guerrilha institucionalizada. Ele é guerra continuada e gratuita contra os professores, contra alunos, contra populações. Ele são os resultados dos exames cada vez menos abonatórios desta política (des)educariva; ele são as trapalhadas com a eleboração dos exames; ele são os avanços e recuos no tocante à nova terminologia gramatical; enfim, um nunca mais acabar de questões, numa área que mexe exactamente com a alma do futuro lusitano.

Sem falarmos já no clima tenso que este governo tem mantido com a função pública, apresentada por aquele como o maior drama nacional e raiz de todos os problemas nacionais.
A propósito, quantas pessoas foram metidas na função pública pelos vários interesses partidários quando estes tomaram conta do poder?

E que dizer do clima de intimidação que se vive no seio desta democracia? Quantas pessoas afastadas do seu posto por terem ousado discordar da linha governamental?

E a vergonha. Quantas pessoas foram obrigadas a morrer no seu posto de trabalho, porque lhes foi recusada a passagem à reforma pelas juntas médicas????

Que o descontentamente é enorme até um insensível o topa. Está por todos os lados e em todas as esquinas. Como nunca. Até a própria hierarquia da Igreja Católica, sempre tão cautelosa e prudente em relação a esta maioria governamental, há dias ousou manifestar publicamente o seu mal estar perante uma série de questões.
Infelizmente, não temos oposição à altura. Por isso a oposição é tão responsável como a maioria pelo actual estado de coisas.

Muitas vezes tenho a impressão que os políticos portugueses não sabem lidar com maiorias absolutas. Quando as alcançam, tornam-se insuportáveis. Ou será porque ainda não superaram o "complexo salazarista"?

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