segunda-feira, 19 de julho de 2021

Papa pede serviços de saúde “acessíveis a todos”

 
O Papa presidiu em  11 de julho, à recitação do Angelus no Hospital Agostino Gemelli, de Roma, onde se encontra há uma semana, após uma intervenção cirúrgica, agradecendo a quem o acompanha na recuperação e sublinhando a importância dos sistemas de saúde.

“Nestes dias de internamento, experimentei a importância de um bom serviço de saúde, acessível a todos, como é o caso da Itália e de outros países. Um serviço de saúde gratuito, que garanta um bom serviço, acessível a todos. Este precioso bem não deve ser perdido”, referiu Francisco, desde o 10.º andar da instituição, na qual foi operado a um problema no cólon, no último domingo.

O Papa falou de pé, na varanda, surgindo sorridente perante a multidão que o esperava, e foi recebido com uma salva de palmas e gritos de “Viva o Papa”. “Agradeço a todos: tenho sentido muito a vossa proximidade e o apoio das vossas orações. Obrigado, de coração”, disse, citado pela agência Ecclesia.

Perante centenas de pessoas reunidas diante do edifício – e falando para milhões de outras, através da transmissão televisiva –, o Papa manifestou o seu “apreço e incentivo aos médicos e a todos os profissionais de saúde e funcionários” deste e outros hospitais, que “trabalham tanto”. “Rezemos por todos os doentes, especialmente pelos que se encontram em condições mais difíceis: que ninguém fique só e todos possam receber a unção da escuta, da proximidade e do cuidado. Peçamo-lo por intercessão de Maria, nossa Mãe, Saúde dos enfermos”, acrescentou.

Francisco esteve acompanhado por crianças internadas no Gemelli, como ele. “Por que sofrem as crianças? É uma pergunta que toca o coração. Acompanhemo-las com a oração”, apelou.

Depois de uma semana sem aparecer em público, Francisco foi à janela do seu quarto pedir o “contributo de todos” e um compromisso comum para manter o “bem precioso” dos serviços públicos de saúde. O Papa desafiou a Igreja Católica a manter as suas instituições de saúde, resistindo à tentação de “vender” quando surgem dificuldades económicas, para “salvar as instituições gratuitas”. “A vocação na Igreja é fazer serviço e o serviço é gratuito”, insistiu.

O 10.º andar do Hospital Universitário Agostino Gemelli, que acolhe Francisco, recebeu em várias ocasiões o Papa João Paulo II, a última das quais em 2005, pouco antes da sua morte. O Papa polaco recuperou nesta instituição após o atentado contra a sua vida, a 13 de maio de 1981, e esteve internado noutras ocasiões, tendo recitado, por várias vezes, as orações do Angelus e Regina Caeli a partir daquela instituição de saúde.

Fonte: aqui

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