Nasci no local, nas circunstâncias e na família que Deus quis. Repito isto até à saciedade para, no meu inconformismo, aceitar que as muitas coisas para as que gostaria de ainda contribuir, podem não estar nos desígnios de Deus a meu respeito. Sinto que o meu contributo vai a meio. No entanto, o que para mim é o meu meio, talvez seja o inteiro para Deus. Não sei. O que sei é que as medidas de Deus nunca são as nossas. E o que Ele nos pede nem sempre coincide com aquilo que gostaríamos de dar. Pede-nos que nos demos por inteiro, mas o que é esse inteiro? Como se mede? Como se quantifica? Queixo-me para dentro e tento sossegar o meu querer. Nada depende de ti, digo. Deus é que sabe. Se assim é, é porque tem de ser. O que Deus espera de ti é a santidade e não a glória. É a felicidade e não o sucesso. Ele quer-te mais a ti que ao teu contributo.
Sobra-me aquele afã de outros tempos, os tempos da juventude, em que uma barreira era um trampolim. Não é uma desculpa, mas a maturidade ensina-nos que a vida é efémera e que as marcas que permanecem são apenas as de Deus. Não são as nossas. Que as nossas serão sempre efémeras. É bonito ansiar por mais e aceitar o menos. É bom descobrir que os desígnios de Deus são insondáveis e que o que nos ultrapassa há-de ter sentido um dia!
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