quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Que belo exemplo de solidariedade!

A riqueza de um povo está na sua capacidade de se ajudar mutuamente. O povo ocidental vive numa crise económica porque uns tantos apossaram-se das riquezas, enquanto a maior parte vive com muitas dificuldades.
Mas vemos que quando há uma calamidade ou um cataclismo vem ao de cima a solidariedade que está lá no mais fundo da alma. É esta solidariedade que muitos povos ainda conservam e que se vê neste caso relatado pela jornalista e filósofa Lia Diskin.
Ela contou que um antropólogo estava a estudar os usos e costumes duma tribo e, quando terminou o seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até ao aeroporto de volta para casa.
Como tinha de esperar muito tempo, propôs uma brincadeira ás crianças. Comprou uma porção de doces e guloseimas, botou tudo num cesto bem bonito e colocou-o debaixo de uma árvore. Depois chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam correr até ao cesto, e a que o apanhasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças posicionaram-se na linha demarcada que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direcção ao cesto. Ao chegar lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo quis saber porque é que elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo o que havia no cesto e, assim, ficar com muito mais doces.
E elas responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Foi aí que ele compreendeu o melhor da alma daquele povo: o ubuntu, Que significa: Só serei feliz se os outros também o forem.
A tribo é uma família. Se um membro sofre, todos sofrem; se um se alegra, todos se sentem felizes com isso.
In O migo do Povo

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