sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pessoas que não fogem dos crucificados

Gandhi dizia: “ Não temo o barulho dos maus, mas o silêncio dos bons.”

Por isso honra àquele pequeno grupo fiel de Israel que assumiu o seu papel, sem medo, corajosamente, decididamente. São as pegadas do bem que ficam e permanecem.

- Como Verónica, há gente que limpa o rosto ensanguentado dos crucificados do nosso tempo… missionários, voluntários… visitadores de doentes, organizações humanitárias, tantos filhos… tantos agentes da saúde, tanta gente que dá a luz do conselho, da orientação, da compreensão.

- Como as mulheres de Jerusalém, tanta gente com um coração de carne, que ainda é capaz de se emocionar pelo sofrimento dos outros, que o manifeste e traduz em gestos de carinho. Tanta gente que não se esconde na multidão mas vai ao encontro do crucificado do nosso tempo.

- Junto da Cruz, 3 mulheres e um rapaz. Maria, Mãe de Jesus, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, Maria Madalena e o apóstolo mais novo, João Evangelista. Os que esta gente não terá ouvido da multidão em delírio! Beatos, falsos, pápa-hóstias e daí para baixo...
Eles representam os cristãos de todos os tempos que se assumem, que não se escondam no manto da vergonha, que dão o corpo ao manifestam, que trazem a Igreja para o mundo, que corajosamente assumem a sua fé em Jesus Cristo, que lutam contra o politicamente correcto, que não deixam a fé no baú…
Irmãos que vos dizeis não-praticantes, tende a coragem de olhar para este grupinho de pessoas e descobri o absurdo da vossa posição! Convertei-vos e mudai de vida!

- Simão de Cirene e José de Arimateia. Eles dizem-nos que criticar por trás nada resolve, é inútil e pernicioso. Simão ajuda a levar a cruz. José vai ter com Pilatos para resolver o problema de Cristo morto, para o puder sepultar, para não ficar ali exposto ao impropério e ao abandono.
Que adianta criticar nos cafés, nas tabernas ou nas ruas se depois os críticos numa aparecem nas reuniões para expor os seus pontos de vista? Sejam que reuniões forem…Que adianta criticar quem trabalha se quem critica nunca faz nada pelos outros?
Alguém dizia: passam-me ao lado as críticas de quem nada fez, faz ou quer fazer pelos outros. Mas estico as orelhas para ouvir bem o que me dizem quem dá o corpo ao manifesto.
Como Nossa Senhora, José e Simão, não percamos tempo em criticas destrutivas, queixumes e lamentos. Deitemos as mãos à obra!

- Por fim, o centurião, ao ver a maneira como Jesus morreu e o rasgar do véu do templo, exclamou: “Na verdade este homem era filho de Deus”.
Parece que não aprendemos nada. Enquanto uma pessoa está, tem todos os defeitos. Depois de sair ou morrer, todas as virtudes. Reconheçamos o valor das pessoas enquanto as temos connosco!

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