Todos os anos milhares de jovens portugueses rumam a Lloret de Mar durante as suas viagens de finalistas.
Dois anos depois, outro jovem português morre em Lloret de Mar. Circunstâncias semelhantes: queda da varanda de um hotel. A mesma idade, ambos tinham 17 anos.
Antes de mais, a minha solidariedade com a família e amigos enlutados.
A morte abre sempre feridas no coração, mas quando se morre aos 17 anos, as feridas transformam-se em vulcões de dor.
Num momento em que se fala tanto do envelhecimento de Portugal, em noite demográfica, um só jovem que se perca representa mais uma machadada no problema.
Mas este caso não deixa de ser um clamor a chamar a atenção:
- Dos pais e do seu papel único na educação dos filhos. Ser pai ou mãe exige postura, amor EXIGENTE que não satisfaz as vontades todas dos meninos, mas que alerta, aconselha, dialoga, aponta pistas, imprime valores.
- Das escolas como comunidades educativas. À escola cabe o papel de colaborar com os pais na educação das crianças e jovens, aprofundando-a e alargando horizontes. A educação não se pode reduzir ao ensino.
- Das empresas ligadas ao turismo e da sua função de acompanhantes, persistentes e deligentes.
- Da Confederação Nacional das Associações de Pais, do Ministério da Educação e das escolas. Cabe-lhes informar detalhada e exustivamente os pais sobre o ambiente de Lloret del Mar para que os pais e jovens possam decidir em consciência.
- Dos jovens. Estas viagens - e depende fundamentalmente deles - não podem ser vistas pela generalidade da opinião pública como festivais de "droga, sexo e álcool". Para ser jovem a sério e para se divertirem a sério, estes excessos são completamente desnecessários, só estorvam.
Viver é ser livre. De dependências. Sem hipotecar o futuro. Ser livre é ser responsável.
Jovens, não deixeis que nada vos retire a capacidade de sonhar!
Muito bem visto.
ResponderEliminarParabéns...