sexta-feira, 30 de março de 2012

Na "reforma agrária"





Com o calor que tem estado, as pequenas árvores, mormente se recém-plantadas, precisam de água como de pão  para a boca.
Por isso, mais uma vez, na tarde desta quinta-feira, dirigi-me à minha terra natal para regar algumas das árvores, especialmente as que foram recentemente plantadas e aquelas cujo estado de vida pareça mais crítico.
A terra é um pó, tal a falta de humidade no solo. A água é pouquíssima. Ainda no ano passado, face ao valente rego de água que jorrava da nascente, um amigo me aconselhou a fazer algumas adaptações no tanque para lá colocar trutas. Porque já sei o que a casa gasta, resiste à ideia. Fiz bem, pois, caso contrário, a esta hora não tinha lá um tanque quase vazio, mas um cemitério trutal...
O tanque faz lembrar setembro, tal a carência do precioso líquido. Ainda hoje, para encher o regador e o balde, tive que pegar num caldeiro para tirar a água e a depositar nos citados recipientes a fim de dar uma regadela aos morangos, aos quiwis e às oliveiras recém-plantadas.
Faz-me muito bem este tempinho em contacto com a natureza. Até me esqueço dos cigarros enquanto trabalho. Sem palavras, falo com as pequenas árvores, felicitando estas e aquelas pelo crescimento e interrogando as mais raquíticas sobre os motivos do seu ataviamento.

Do lado de lá do Balsemão, sobre a serra da Juvandes, um incêndio devorava o que resta da floresta. Enfim, mãos sujas de incendiárias existem por todo o lado... Até quando?

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