domingo, 4 de março de 2012

Douro. Sempre o Douro!

Todo o Douro é fascinante. Se viajar de comboio entre Porto e Régua é um regalo para os olhos e para o espírito, se fazer um passeio entre a Régua e São João da Pesqueira é deixar a alma sobrevoar cada vinhedo, cada sucalco, cada montanha sabendo da dificuldade que ela sente em regressar, então o Douro Superior a mim fascina-me. Simplesmente.
Aquela região - Vila Nova de Foz-Côa, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Barca d'Alva, Figueira de Castelo Rodrigo - faz-me sentir algo de indizível. A grandiosidade da paisagem, frequenmtemente árida,  a que o rio empresta frescura, espelho e sonho fustiga-me agradabilissimamente a alma. Respira-se ali um silêncio mágico à altura da paisagem. Parece que o tempo pára para nos dar tempo para aquilo que não temos tempo.
A Quaresma é um tempo pastoralmente exigente. Se a isto acrescentar as continuadas preocupações com o Centro Paroquial, então um momento assim sabe divinalmente. Por isso, a minha gratidão à família que me convidou para um passeio pelo Douro Superior na tarde de hoje. Ambiente humano fantástco num passeio fantástico.
As amendoeiras em flor atraem muitos forasteiros. Vila Nova de Foz-Côa e Torre de Moncorvo, em festa, testemunhavam o facto.
Passando pela parte antiga da cidade de Foz-Côa, descemos até à abandonada estação dos Caminhos de Ferro do Côa. Espectáculo!  Pena o acesso ser tão frágil. Mas mais pena ainda é o facto de os portugueses desconhecerem tanta beleza. Uma frase soltei espontaneamente naquele local: "Ai se isto fosse na Suiça!..."
  Neste belo país, há três regiões que me dizem particularmente. O "pátrio Douro", o verde Minho e a imensidão libertadora da planície alentejana. Cada uma com o seu encanto, mas cada uma empolgante.

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