Aquela região - Vila Nova de Foz-Côa, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Barca d'Alva, Figueira de Castelo Rodrigo - faz-me sentir algo de indizível. A grandiosidade da paisagem, frequenmtemente árida, a que o rio empresta frescura, espelho e sonho fustiga-me agradabilissimamente a alma. Respira-se ali um silêncio mágico à altura da paisagem. Parece que o tempo pára para nos dar tempo para aquilo que não temos tempo.
A Quaresma é um tempo pastoralmente exigente. Se a isto acrescentar as continuadas preocupações com o Centro Paroquial, então um momento assim sabe divinalmente. Por isso, a minha gratidão à família que me convidou para um passeio pelo Douro Superior na tarde de hoje. Ambiente humano fantástco num passeio fantástico.As amendoeiras em flor atraem muitos forasteiros. Vila Nova de Foz-Côa e Torre de Moncorvo, em festa, testemunhavam o facto.
Passando pela parte antiga da cidade de Foz-Côa, descemos até à abandonada estação dos Caminhos de Ferro do Côa. Espectáculo! Pena o acesso ser tão frágil. Mas mais pena ainda é o facto de os portugueses desconhecerem tanta beleza. Uma frase soltei espontaneamente naquele local: "Ai se isto fosse na Suiça!..."
Neste belo país, há três regiões que me dizem particularmente. O "pátrio Douro", o verde Minho e a imensidão libertadora da planície alentejana. Cada uma com o seu encanto, mas cada uma empolgante.
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