quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lei do aborto tem sido administrada ao "Deus dará"

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considerou hoje, em Fátima, que a lei que despenaliza a interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas tem sido facilitada e administrada ao "Deus dará".
"A própria lei não tem sido cumprida, tem sido facilitada, tem sido administrada um bocado ao Deus dará", disse aos jornalistas o cardeal-patriarca, José Policarpo, quando questionado com as declarações do líder do PSD e futuro primeiro-ministro que admitiu, no decurso da campanha eleitoral, que o diploma pode "ter ido um pouco longe demais".
Reiterando a oposição da Igreja Católica à lei, com a qual não se identifica por estar "em questão o aspecto sagrado da vida", o responsável exemplificou que o "aconselhamento prévio da mulher que pede o aborto e que está claramente previsto na lei não tem sido feito".
O patriarca de Lisboa apontou ainda o caso de mulheres que "fazem abortos várias vezes", esclarecendo que, no seu entender, "na lógica da governação, não é preciso pôr em questão a lei, ou seja, dizer 'vamos fazer outra lei para exigir que esta lei seja cumprida com o mínimo de respeito pela pessoa humana e pela vida que ela inspira'".
O presidente da CEP garantiu que esta matéria não está no programa do episcopado português, admitindo mesmo dúvidas sobre se "há condições políticas para isso". José Policarpo reconheceu, contudo, dando o exemplo de outros países, que "essas leis fraturantes nunca estão definitivamente resolvidas, podem sempre retomar, vir ao de cima em circunstâncias novas".
"Estaremos atentos se as circunstâncias surgirem, mas não nos compete a nós tomar iniciativas nesse campo", acrescentou o cardeal-patriarca.
Fonte: aqui

1 comentário:

  1. Lamento dizê-lo, mas o Sr. Cardeal Patriarca vem muito tarde...

    Quando os católicos se batiam - da forma como podiam, em jornais, em blogues, em conferências, em conversas privadas, de porta-a-porta, tentando elucidar as pessoas que iam ser enganadas pelo Sócrates e seus asseclas - contra o referendo, dizia eu, quando os católicos se batiam contra essa hedionda falácia, Sua Eminência não foi capaz de lutar ao lado das suas ovelhas...!

    De forma politicamente correcta (?!) quedou-se no conforto dos seus aposentos, não quis entrar em contenda com os políticos criminosos que iriam fazer aprovar a lei mais bárbara alguma vez publicada no nosso País, deixou os católicos sozinhos, não lhes deu apoio nem foi o seu corifeu nessa luta contra a abominação!!!

    E agora vem (com que legitimidade?) criticar o estado lastimoso da situação, para que gravemente contribuiu pelo silêncio e pela inércia (eu ia a dizer outra palavra, mas não digo porque este é o blogue do Sr. Padre Carlos) ...!!!

    O Sr. Cardeal Patriarca não terá um mínimo de decoro...?! Pensará que os católicos andam a dormir...?! Nenhum católico terá saudades do Sua Eminência quando resignar de facto!

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.