António Barreto, presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do 10 de Junho, fez hoje um discurso fortemente crítico da classe política.
Barreto começou por realçar aquilo que é novo e aquilo que não o é, na actual crise política: “Nada é novo. Nunca! Já lá estivemos, já o vivemos e já conhecemos. Uma crise financeira, a falência das contas públicas, a despesa pública e privada, ambas excessivas, o desequilíbrio da balança comercial, o descontrolo da actividade do Estado, o pedido de ajuda externa, a intervenção estrangeira, a crise política e a crispação estéril dos dirigentes partidários. Portugal já passou por isso tudo. E recuperou. O nosso país pode ultrapassar, mais uma vez, as dificuldades actuais. Não é seguro que o faça. Mas é possível”, afirmou, realçando de seguida os factores que de facto representam uma novidade no actual cenário internacional.
“Tudo é novo. Sempre! Uma crise internacional inédita, um mundo globalizado, uma moeda comum a várias nações, um assustador défice da produção nacional, um insuportável grau de endividamento e a mais elevada taxa de desemprego da história. São factos novos que, em simultâneo, tornam tudo mais difícil, mas também podem contribuir para novas soluções. Não é certo que o novo enquadramento internacional ajude a resolver as nossas insuficiências. Mas é possível”, concluiu.
Barreto passou então ao ataque à classe política, que culpa por não ter sido exemplo daquilo que exige aos cidadãos: “Novo é também o facto de alguns políticos não terem dado o exemplo do sacrifício que impõem aos cidadãos. A indisponibilidade para falarem uns com os outros, para dialogar, para encontrar denominadores comuns e chegar a compromissos contrasta com a facilidade e o oportunismo com que pedem aos cidadãos esforços excepcionais e renúncias a que muitos se recusam”.
A estes políticos António Barreto pediu agora um maior esforço de diálogo: “Sem encenação medíocre e vazia, os políticos têm de falar uns com os outros, como alguns já não o fazem há muito. Os políticos devem respeitar os empresários e os trabalhadores, o que muitos parecem ter esquecido há algum tempo. Os políticos devem exprimir-se com verdade, princípio moral fundador da liberdade, o que infelizmente tem sido pouco habitual. Os políticos devem dar provas de honestidade e de cordialidade, condições para uma sociedade decente”.
António Barreto terminou o seu discurso recordando com apelos aos portugueses e ao país para que aprendam a pensar mais nos seus filhos e a conciliar a eficiência e a qualidade, sugerindo ainda a necessidade de uma revisão constitucional a que, “cada geração tem direito”.
António Barreto falou antes de Cavaco Silva tomar a palavra, nas comemorações do 10 de Junho, em Castelo Branco.
Barreto começou por realçar aquilo que é novo e aquilo que não o é, na actual crise política: “Nada é novo. Nunca! Já lá estivemos, já o vivemos e já conhecemos. Uma crise financeira, a falência das contas públicas, a despesa pública e privada, ambas excessivas, o desequilíbrio da balança comercial, o descontrolo da actividade do Estado, o pedido de ajuda externa, a intervenção estrangeira, a crise política e a crispação estéril dos dirigentes partidários. Portugal já passou por isso tudo. E recuperou. O nosso país pode ultrapassar, mais uma vez, as dificuldades actuais. Não é seguro que o faça. Mas é possível”, afirmou, realçando de seguida os factores que de facto representam uma novidade no actual cenário internacional.
“Tudo é novo. Sempre! Uma crise internacional inédita, um mundo globalizado, uma moeda comum a várias nações, um assustador défice da produção nacional, um insuportável grau de endividamento e a mais elevada taxa de desemprego da história. São factos novos que, em simultâneo, tornam tudo mais difícil, mas também podem contribuir para novas soluções. Não é certo que o novo enquadramento internacional ajude a resolver as nossas insuficiências. Mas é possível”, concluiu.
Barreto passou então ao ataque à classe política, que culpa por não ter sido exemplo daquilo que exige aos cidadãos: “Novo é também o facto de alguns políticos não terem dado o exemplo do sacrifício que impõem aos cidadãos. A indisponibilidade para falarem uns com os outros, para dialogar, para encontrar denominadores comuns e chegar a compromissos contrasta com a facilidade e o oportunismo com que pedem aos cidadãos esforços excepcionais e renúncias a que muitos se recusam”.
A estes políticos António Barreto pediu agora um maior esforço de diálogo: “Sem encenação medíocre e vazia, os políticos têm de falar uns com os outros, como alguns já não o fazem há muito. Os políticos devem respeitar os empresários e os trabalhadores, o que muitos parecem ter esquecido há algum tempo. Os políticos devem exprimir-se com verdade, princípio moral fundador da liberdade, o que infelizmente tem sido pouco habitual. Os políticos devem dar provas de honestidade e de cordialidade, condições para uma sociedade decente”.
António Barreto terminou o seu discurso recordando com apelos aos portugueses e ao país para que aprendam a pensar mais nos seus filhos e a conciliar a eficiência e a qualidade, sugerindo ainda a necessidade de uma revisão constitucional a que, “cada geração tem direito”.
António Barreto falou antes de Cavaco Silva tomar a palavra, nas comemorações do 10 de Junho, em Castelo Branco.
Fonte: aqui
Este senhor é um otimista..... Pois bem.... tem a vida feita e provavelmente uma reforma choruda.. Assim também eu cantava de galo....
ResponderEliminarGostaria de ver estes senhores a viver como o comum dos mortais com um ordenado de miséria (se o tiver), casa e familia para sustentar.... O salario minimo nacional é uma miséria, ninguém sobrevive com ele.... enquanto que os altos quadros ganham fortunas como todos sabemos além das grandes ajudas de custos, que geralmente ainda acumulam...
Perder oportunidades é desolador. Mas perder pessoas é um desperdício sem remissão.
ResponderEliminarAo ouvir António Barreto, o pensamento inquieta-se. Como é possível que o país não aproveite melhor uma pessoa desta envergadura?
Num tom pausado, o saber escorre e as verdades soltam-se. Não há palavras de circunstância. Tudo ressuma profundidade e pertinência.
A mensagem flui, escorreita.
É preciso que as pessoas se entendam. É fundamental ouvir os que se manifestam e escutar os que se abstêm.
Há ânsias reveladas e sonhos escondidos.
É necessário redescobrir a grandeza do nosso desígnio.
António Barreto é uma voz que não podemos sufocar.
Dizer que é um senador é dizer pouco. Ele vai muito à frente dos que se julgam estar na frente.
Não são assim tantos os sábios. Não desperdicemos os que restam.
Fonte: http://theosfera.blogs.sapo.pt
Salvo o devido respeito, acho que se anda a endeusar homens.
ResponderEliminarConhecem as pessoas, que se deliciam com aquilo que diz A. Barreto, o seu percurso político? E o seu percurso como homem?
Em Portugal, divina-se homens, e depois... vê-se o resultado... Descobre-se que são simples mortais, cheios de defeitos (se for só isto...).