Eleições legislativas em 5 de Junho. O PSD foi o grande vencedor e o seu líder, Passos Coelho, será o próximo Primeiro-Ministro.
No discurso de vitória, pronunciado num tom sereno porque a crise não é para brincadeiras, Passos Coelho deixou a garantia de que o seu Executivo tudo fará para honrar o compromisso assinado com a troika. Fez uma clara alusão à possibilidade de aliança com o CDS para governar o país. «Farei todos os esforços para tão rápido quanto possível garantir ao país um governo de maioria liderado pelo PSD»
O PS saiu fortemente penalizado desta disputa eleitoral e o seu líder, José Sócrates, demitiu-se na noite eleitoral de Secretário Geral do PS e de todas as funções partidárias.
Num pais de quem se diz possuir uma maioria sociológica de esquerda, o eleitorado deu a maioria absoluta ao centro-direita - PSD e CDS (50,37%), enquanto os partidos de esquerda com assento parlamentar - PS, CDU e BE não foram além de 41,18%.
Notava-se uma saturação do governo Sócrates e ainda muito mais deste. O eleitorado quis dar um sinal claro de mudança. Talvez guidado pelo provérbio que diz: "Quem se muda, Deus ajuda".
Oxalá que os novos governantes tenham aprendido a lição de como não se deve governar. Que as asneiras sucessivas de Sócrates lhes indiquem o caminho novo a percorrer, conjugando verdade com firmeza, diálogo e abertura com projectos a seguir.
Cá estaremos para apoiar o que for de apoiar, para discordar no que for de discordar.
Pessoalmente agradam-me ideias do CDS quanto a educação (que Maria de Lurdes Rodrigues deixou num caos), segurança e agricultura.
Gostei de ouvir falar Passos Coelho durante o discurso de vitória de estado social, de preocupação com os mais frágeis. Gostei ainda do clima de realismo, de não euforia, de abertura a outros partidos e à sociedade por parte dos líderes do centro-direita em ordem a serem vencidas as condições de crise que nos apoquentam.
Oxalá consigam!
Oxalá consigamos!
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