Os anos não perdoam e, com a velhice, vão-se perdendo faculdades, a paciência e a capacidade de compreender os novos tempos. As pessoas tornam-se mais queixinhas, a solidão e os achaques tornam-nas mais fechadas e menos compreensíveis. Claro que gente não é uma equação matemática e, por isso, nem todos os idosos são assim.
Pelo facto de ser padre, não deixa de ser gente e, como tal, estar sujeito ao desgaste do tempo.
Vem isto a propósito de alguns casos de sacerdotes idosos, ainda em pleno exercício pastoral, que têm estado sob os holofotes da comunicação social por algumas atitudes e comportamentos que lhes são atribuídos.
Acrescento que, devida à falta de vocações sacerdotais, muitos padres têm de prolongar, para além do razoável, o tempo de serviço às comunidades. Os bispos não têm sacerdotes suficientes para atender às necessidades das comunidades e vão assim insistindo junto dos sacerdotes idosos para continuarem no exercício pastoral.
É estranho! Se num lar ou numa família um idoso não é bem tratado, apesar da perda de capacidades, a comunicação social cai em cima desse lar ou dessa família. Mas se é um idoso sacerdote que tem falhas, a esse ninguém perdoa e a comunicação social vem em cima dele ao ritmo de uma pistola automática!!!
Que razoabilidade há nessa posição da comunicação social??? O gosto doentio de explorar as fraquezas da Igreja? Quem comanda (que forças ocultas?) esta exploração da velhice sacerdotal?
Muitos cristãos dão, neste aspecto, um triste espectáculo! Que tolerância demonstram face à velhice de quem os serviu durante décadas? Que respeito demonstram face a quem deu a sua vida em prol das comunidades? O idoso, pelo facto de ser padre, não tem direito às reguilices da velhice? Não é gente como os demais idosos? Não somos todos feitos do mesmo barro"?
A Igreja não é formada pelos melhores, mas por aqueles que procuram fazer o seu melhor...
É verdade que os bispos devem estar muito atentos e proporcionar aos sacerdotes idosos uma vida mais serena, sem o stress que os afazeres sacerdotais hoje causam. Mesmo quando estes insistem em continuar! Porque é a dignidade da pessoa humana que está em causa.
Há que promover a formação laical e os ministérios laicais. Há muitos serviços que pertencem aos leigos e que, normalmente por demissão destes, são desempenhados pelos padres.
Que tem o padre a ver com obras, restauros, contas, etc? ESTAS COISAS NÃO PERTENCEM AOS LEIGOS!
Toda a razão em tudo o que diz, Sr. Padre Carlos.
ResponderEliminarChego a comentar, às vezes, que os presbíteros hoje são uns heróis, a desempenhar tantas funções e com tamanha responsabilidade, que, na verdade, deveriam caber a nós, leigos. Mas alguns Srs. Padres querem controlar tudo...
A velhice é um estádio da vida que requer muita atenção e carinho dos mais novos, da família sobretudo.
Sei do que falo, pois com meu pai - que já partiu para o Pai, há poucos meses - vi como as suas faculdades (outrora brilhantes) se ofuscavam, traduzindo-se em atitudes que eu próprio não entendia, nem percebia o porquê...
Há que sensibilizar as pessoas para o facto de que o desgaste provocado pela idade provoca, muitas vezes, dificuldades nos velhinhos, e muita incompreensão nos que os rodeiam...
Sejamos amigos dos velhinhos, sejamos carinhosos e compreensivos. Um dia lá chegaremos. Oxalá...
Santo fim-de-semana, na Paz e no Amor de Jesus.
Amigo:
ResponderEliminarObrigado pela presença e pelo comentário.
De facto, aquelas atitudes de 2 sacerdotes idosos foram exploradas pela comunicação social de modo abutre. E depois há cristãos que se proporcionam a estas explorações da c. social...
Não quero aqui defender as atitudes dos meus colegas, não é isso. Quero apenas frisar que são idosos (mais de 80 anos) e que esse facto não foi tido em conta nem pelos cristãos nem pela comunicação.
Enfim, nestes assuntos de Igreja, nada de novo no que se refere à comunicação social.
privado
ResponderEliminarDireito á indignação!!!!
Peço desculpa pela forma como vou abordar o tema misericordias...
pois vivi uma situação aqui que quero que sirva de lição para os Tarouquenses que utilizam os serviços da santa casa da misericordia. O meu pai frequentava o Centro de dia da Santa Casa da Misericordia, com a finalidade de lhe arranjarem vaga para ser residente. Nunca tal sucedeu em 20 meses. Havia Vagas sim mas nnas de 800 euros, o qual era incompatível com o rendimento do meu pai. Acontece que entretanto o tinha inscrito en várias instituiçoes. Uns dias antes tinha ido falar com senhor provedor acerca da situação do meu pai que provavlemente iria para Penude num centro novo que andam a contruir. Este senhor viu-nos e fez questão de enviar a empregada dizer que não nos podia receber porque estava muito ocupado. Quando eu o vi na secretaria a olhar para um computador...
Entretanto este mês no dia 2 surgiu uma vaga no Centro Social das Filhas de São Camilo em Lamego.
Eu fui avisar a Santa cas Da misericordia que o meu pai a partir daquela data iria sair do lar. como tal queria pagar a despesas dos medicamentos. Não me deixaram pagar porque tinha que pagar o mês corrente, porque não avisei com 30 dias de antecedencia. Ninguém adivinha qundo morre. Foi o que aconteceu com a vaga de Lamego. Eu recusei-me a pagar o mês porque acho uma fronta. A empregada disse que o senhor provedor iria levar o caso á mesa dos mesários. A ver nunca aconteceu .
Mais tarde recebi em carta registada uma carta ameaçadora para efectuar o pagamento. Eu fui novamente á Santa casa e EXIGI os regulamentos que a meu ver me deveriam ter sido dados no inicio da admissão. Fui lá diversas vezes pra o conseguir. O que demontrou muita falta de tranparencia. Durante todo este processo o senhor provedor nunca deu a cara. Acabei por pagar para
não criar mais problemas. Ou seja pagou o mês na intituição onde entrou e pagou este mês á santa casa onde não frequentou. Foi desumano, para uma pessoa cuja pensão era insuficiente para ser residente nesta instituiçaO.
Pergunto... Onde está a solidariedade que tanto apregoam.
Só visam o lucro á custa dos desgraçados e das famílias....
Ilda Silva