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Celebra-se, no dia 1 de Maio, o Dia Mundial do Trabalhador. E porquê este dia?
Em 1886, teve lugar, nas ruas de Chicago, uma manifestação de trabalhadores para reivindicar a redução do horário de trabalho para oito horas diárias. Teve início nesse dia, nos Estados Unidos, uma greve gera. No dia 3 de Maio, houve um pequeno levantamento e, a 4 de Maio, nova manifestação que terminou com o lançamento de uma bomba para o meio das forças policiais que procuravam dispersar os manifestantes, tendo morrido sete agentes. Estes ripostaram e mataram doze pessoas, ferindo várias dezenas.
Passados três anos, a 20 de Junho de 1889, por proposta de Raymond Lavigne, a Internacional Socialista propôs que se realizasse anualmente uma manifestação para lutar pelo estabelecimento das oito horas de trabalho por dia. A data escolhida foi o dia 1 de Maio. Assim foi sucedendo anualmente, mas todos os anos havia confrontos entre os manifestantes e as forças da ordem, morrendo nos confronto muitos manifestantes e agentes.
Em 1919, o Senado Francês ratifica o dia laboral de oito horas e proclama feriado, nesse ano, o dia 1 de Maio.
Cabe-nos agora perguntar: tinham razão os trabalhadores? De facto sim, pois o homem não é uma máquina laboral, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus, com a missão de continuar, de certo modo, a obra da Criação. Assim podemos ler no Génesis, capítulo 2, versículo 15, que o homem foi criado ut operaretur - para trabalhar.
Mas o pensamento de Deus tem de ser respeitado e, assim, o homem não pode nem deve esquecer "o Deus das coisas, para se entregar, em cheio, às coisas de Deus" - quer dizer: não pode fazer do trabalho uma escravidão, esquecendo Deus.
Mas, muitas vezes, infelizmente, não é o homem que se escraviza com o trabalho, mas outros que o escravizam. É frequente termos conhecimento de empregadores que não respeitam os contratos de trabalho, ou que mesmo os omitem, obrigando os trabalhadores a trabalhar sem garantias, nem segurança, nem dignidade. Basta olhar para o que se passa entre nós com os imigrantes, e o que se passa no estrangeiro com os nossos emigrantes (e não só, mas quero referir os nossos).
Já no século XIX começaram a aparecer problemas criados pela industrialização, a ponto de rapidamente o Papa Leão XIII ter dado conta do conflito que se estava a desenhar entre 'o mundo do capital e o do trabalho'; vindo a terreiro coma Encíclica Rerum Novarum, de 15 de Maio de 1891.
Os trabalhadores ainda agora continuam a lutar pelos seus direitos, só que muitas vezes não o fazem da melhor forma. Abandonam, se é que chegam a começar, as negociações, para recorrer de imediato à greve, lançando muitas vezes o caos nas empresas. Actualmente, em tempo de crise, deviam unir esforços - empregados e empregadores - para vencer a crise. Todos se deviam empenhar no bem comum e não esquecer o que diz a Doutrina Social da Igreja - a solidariedade é uma "virtude" e assim "todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos" (cfr. Solicitude Social da Igreja de João Paulo II).
Em 1886, teve lugar, nas ruas de Chicago, uma manifestação de trabalhadores para reivindicar a redução do horário de trabalho para oito horas diárias. Teve início nesse dia, nos Estados Unidos, uma greve gera. No dia 3 de Maio, houve um pequeno levantamento e, a 4 de Maio, nova manifestação que terminou com o lançamento de uma bomba para o meio das forças policiais que procuravam dispersar os manifestantes, tendo morrido sete agentes. Estes ripostaram e mataram doze pessoas, ferindo várias dezenas.
Passados três anos, a 20 de Junho de 1889, por proposta de Raymond Lavigne, a Internacional Socialista propôs que se realizasse anualmente uma manifestação para lutar pelo estabelecimento das oito horas de trabalho por dia. A data escolhida foi o dia 1 de Maio. Assim foi sucedendo anualmente, mas todos os anos havia confrontos entre os manifestantes e as forças da ordem, morrendo nos confronto muitos manifestantes e agentes.
Em 1919, o Senado Francês ratifica o dia laboral de oito horas e proclama feriado, nesse ano, o dia 1 de Maio.
Cabe-nos agora perguntar: tinham razão os trabalhadores? De facto sim, pois o homem não é uma máquina laboral, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus, com a missão de continuar, de certo modo, a obra da Criação. Assim podemos ler no Génesis, capítulo 2, versículo 15, que o homem foi criado ut operaretur - para trabalhar.
Mas o pensamento de Deus tem de ser respeitado e, assim, o homem não pode nem deve esquecer "o Deus das coisas, para se entregar, em cheio, às coisas de Deus" - quer dizer: não pode fazer do trabalho uma escravidão, esquecendo Deus.
Mas, muitas vezes, infelizmente, não é o homem que se escraviza com o trabalho, mas outros que o escravizam. É frequente termos conhecimento de empregadores que não respeitam os contratos de trabalho, ou que mesmo os omitem, obrigando os trabalhadores a trabalhar sem garantias, nem segurança, nem dignidade. Basta olhar para o que se passa entre nós com os imigrantes, e o que se passa no estrangeiro com os nossos emigrantes (e não só, mas quero referir os nossos).
Já no século XIX começaram a aparecer problemas criados pela industrialização, a ponto de rapidamente o Papa Leão XIII ter dado conta do conflito que se estava a desenhar entre 'o mundo do capital e o do trabalho'; vindo a terreiro coma Encíclica Rerum Novarum, de 15 de Maio de 1891.
Os trabalhadores ainda agora continuam a lutar pelos seus direitos, só que muitas vezes não o fazem da melhor forma. Abandonam, se é que chegam a começar, as negociações, para recorrer de imediato à greve, lançando muitas vezes o caos nas empresas. Actualmente, em tempo de crise, deviam unir esforços - empregados e empregadores - para vencer a crise. Todos se deviam empenhar no bem comum e não esquecer o que diz a Doutrina Social da Igreja - a solidariedade é uma "virtude" e assim "todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos" (cfr. Solicitude Social da Igreja de João Paulo II).
Pelo que dissemos, pode parecer que o dia 1 de Maio é um dia de luto, quando ele só começou por ser um dia de luta. É actualmente um dia de festa e os Movimentos Operários da Acção Católica costumam celebrá-lo como "Dia da Solidariedade":
A Igreja, sempre atenta ao que se passa no mundo, não se alheou deste facto e quis dar a este dia uma dimensão de fé. Para isso, o Papa Pio XII, em 1955, instituiu a Festa de S. José Operário, que se celebra, cada ano, a 1 de Maio.
Maria Fernanda Barroca, in Jornal da Beira
A Igreja, sempre atenta ao que se passa no mundo, não se alheou deste facto e quis dar a este dia uma dimensão de fé. Para isso, o Papa Pio XII, em 1955, instituiu a Festa de S. José Operário, que se celebra, cada ano, a 1 de Maio.
Maria Fernanda Barroca, in Jornal da Beira
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