Perante a grave situação económica que o país vive, alguns economistas sentenciam que é preciso cortar na despesa, nos grandes investimentos públicos e reduzir as prestações sociais com alterações nas reformas. Os mesmos advertem ainda que é preciso diminuir a possibilidade da reforma antecipada e salientam que aumentar impostos não resolve nada.
Também não falta quem advirta que "não nos podemos armar em país rico sendo pobres e, neste momento, somos um país pobre. Os recursos são limitados e os políticos têm tendência para esbanjar dinheiro, gastar o dinheiro que não têm e fazer promessas que sabem que não podem cumprir» (Belmiro de Azevedo).
Na História, fala-se muito de grupos privilegiados (então a nobreza e o clero), em contraste com o povo (esganado com impostos) e a burguesia (classe média de então) que pagava a bom pagar.
Hoje a classe média - sustentáculo da democracia tal como a conhecemos no ocidente- está "esganada". É voz corrente que os ricos não pagam ou não pagam o que devem, porque sempre arranjam maneira de fugir aos impostos; os pobres não têm com que pagar; sobra para a classe média. Mas esta está a desaparecer. Porque descapitalizada e empobrecida. Tanto os políticos espremeram e abusaram dela, que já pouco tem para dar.
Parece-me totalmente justo que, neste período de grave crise, se acabem com as mordomias nos altos quadros das empresas públicas - e já agora, também nas privadas. Ganham demais para ainda receberam aquele cabaz imenso de mordomias. Nisto louvo a posição dos partidos da oposição.
Alterar as grandes reformas? Totalmente de acordo. Gente que trabalhou décadas de sol a sol, recebe agora uns míseros euros que tantas vezes nem dão para os remédios. Outros têm reformas de dezenas de milhar de euros. Em período de crise, se é preciso cortar, comece-se por estes.
Quanto às grandes obras públicas, estamos falados. Só por cegueira alguns continuam a bater-se por elas nesta fase da nossa História...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.