"A maioria destes quadros de que estamos a falar não chegaria a ocupar na Alemanha, em Inglaterra ou em França os cargos que ocupa aqui. Alguns dos nossos presidentes de empresas não seriam mais do que chefes de secção no estrangeiro."
"Estes quadros não representam uma mais-valia para as empresas – as empresas é que representam uma mais-valia para eles. Se alguns deles saíssem, as empresas não perderiam nada e eles perderiam muito."
"...para uma pessoa que trabalha oito horas todos os dias e leva para casa 500 euros ao fim do mês deve custar muito ver, na mesma empresa, pessoas que passam o dia de costa direita receberem todos os meses 70 ou 80 mil euros – e mais um milhão ao fim do ano.
Estas situações geram um clima que funciona como uma panela de pressão – e se arrisca um dia a explodir."
"Em lugar de ser a sociedade a dever-lhes o contributo do seu saber, do seu empenho, da sua dedicação, são elas que devem à sociedade um nível de vida artificial, que não está de acordo com o que produzem.
"Numa linguagem crua, mas verdadeira, estas pessoas são parasitas da sociedade."
Alguns desgraçados (e desgraçadas) que ganham 500 euros por mês, e levam uma vida inteira a trabalhar sem passarem da cepa torta, têm de contribuir para sustentar o nível de vida desses senhores que se passeiam em carros de luxo, vão para hotéis de 6 estrelas, viajam de avião em primeira classe e vivem em casas de cinco ou mais milhões de euros.
Isto é que é chocantemente imoral.
E nenhum regime o deve aceitar."
Leia aqui o artigo todo.
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