quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Visita a familiares

Era para ter ido no domingo à tarde, mas a neve não deixou. Pensei em sair na segunda-feira, só que surgiu um funeral para terça-feira de manhã e não pude. Parti na terça ao início da tarde e regressei há bocado, a tempo da Eucaristia em Arguedeira e nos Esporões, terminando o dia com um reunião de catequistas.
Há muito tinha prometido uma visita à minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha que vivem no Porto. Tardava em cumprir-se o que provocava sempre a mesma reacção deles: "Então agora já estás reformado da escola. Nem assim tiras um bocadinho!?"
Tirei e, como era de esperar, gostei. Muito. Só me resta um obrigado profundo, sentido, fraterno. Bem-hajam pelo acolhimento, pelo carinho, pela aceitação, pela disponibilidade, pela preocupação. Não merecia tanto, tenho disso sincera consciência. Desejo-vos com todas as minhas forças todo o bem e que o Senhor vos dê a Sua Bêncão e vos conceda tudo o que de bom e de belo deseja o vosso coração. Força, Jacinta, Armando e Rita!
Choveu muito no Porto, especialmente ontem. "Como quem a despejava..."
Apesar disso, e com a amizade e disponibilidade do meu cunhado, lá fui dando as minhas voltas. Visitei vários stands de automóveis, pois preciso de comprar um carrito novo, já que os meu Golf anda nos 11 anos de vida. Prendo outro que me dure, pelo menos, outro tanto. Que automóvel vai ser? Ainda não sei, apesar de ter agora ideias mais definidas. Estão caros os carros! Muito.
Não visitei de propósito a Audi, a BMW e a Mercedes. Porque não gosto? Nada disso. Porque já sei que o falatório iria surgir. "Pois, o Padre com um carrão daqueles!... Os padres são ricos.... E ainda vem para a Igreja falar nos pobres!... É uma vergonha com tanta pobreza andar com um automóvel daqueles!.., etc, etc...
Achei muito importante o conselho de um amigo e paroquiano que há tempos me dizia com convicção: "Não ligue, as pessoas falarão sempre! O que interessa que que o senhor se sinta bem, pois sentindo-se bem, mais poderá dar à paróquia." E terminou: "Será muito provavelmente o último carro que comprará ainda com poder de escolha. Se chegar a velho, não terá o carro de que gosta, mas aquele que melhor se adaptar aos anos, pois a idade não perdoa.."
Quando era novo, confesso que não ligava ao que as pessoas pudessem dizer, pois pensava que o padre se priva de tanta coisa que nada de anormal haveria se tivesse algo de que gostasse mesmo. E olhem que nunca tive grandes carros! Mas agora... Custa-me ver as pessoas a sujar a língua com as minhas opções em questão de veículos.
Eu que até gosto de tomar decisões em tempo útil, confesso que já ando há meses nesta indefinição quanto à compra do carro... Há duas marcas de que eu gosto e que têm promoções até ao fim do mês. Será que é agora?

3 comentários:

  1. Gostamos muito de o ter no Porto ,pena que tenha sido tão pouco tempo.Ainda ontem se foi embora e já sentimos a sua falta, parece uma casa vazia, já nos estavamos a habituar á sua presença, aos seus conselhos, e ao seu carinho.Um muito obrigado pela sua visita espero que seja a primeira de muitas outras mas sem tempo de chuva.
    Quanto ao carro acho que o merece. Força compre o carro de que gosta , o tal por quem ficou encantado e não olhe aos falatórios,porque o senhor é um grande homem.

    Muita paz

    Armando Gouveia

    ResponderEliminar
  2. Boa tarde Sr. Padre Carlos!
    Acho que deve comprar o carro que
    melhor lhe agrade e convenha, sem ter que dar satisfações a ninguém, sem dar ouvidos às más línguas, que essas existirão sempre, quer queiramos, quer não, são pessoas que não têm com que se ocupar.
    Compre um carro bom, confortável.
    Cumprimentos
    T.C.

    ResponderEliminar
  3. Ó sr. Padre Carlos, deixar de comprar o que lhe agrada, por causa do falatório do povo?
    Tenha a certeza que falarão na mesma. Nem que compre um "mini-milk", quer que lhe diga porquê?
    Porque não têm mais do que falar.
    Até dirão que não precisa de carro novo nenhum, porque está velho.(perdoe-me a dureza,e sabe que não é isso que penso).
    Mas falarão sempre e a má língua é sempre destrutiva e venenosa.
    Compre o que se sentir melhor,mais seguro,mais confortável, e que mais goste!
    "Vozes de burro, não chegam ao Céu!"; "Os cães ladram e a caravana passa."
    Seja feliz!
    Abraço

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.