Tem 81 anos. No sábado à noite foi assaltado. Conta ele: "A primeira coisa que fizeram foi dar-me um murro. Depois, taparam-me a boca e os olhos e amarraram-me as mãos e os pés."
O sacerdote preparava-se para ver o ‘Telejornal’, quando dois indivíduos, aparentemente estrangeiros, entraram de rompante na cozinha da Residência Paroquial, atirando ao chão Piedade Dias, de 76 anos, irmã do pároco.
Quando chegaram ao quarto onde Manuel Dias estava a ver televisão, taparam-lhe os olhos e a boca, ataram-lhe as mãos à cadeira com o cordão da batina e amarraram-lhe os pés com uma extensão eléctrica.
"Eu não reagi, só lhes disse que não me lembrava de alguma vez lhes ter feito mal. Eles só me pediam ‘dinero’ e tiraram-me a carteira que eu trazia no casaco", contou o padre ao CM, referindo que lhe roubaram entre 40 a 60 euros e ainda algumas peças de prata que tinha em casa.
Além das agressões, que provocaram ao clérigo Manuel Dias vários ferimentos graves no rosto, os ladrões remexeram em todos os compartimentos da casa. A vítima supõe, aliás, que a dupla não actuava sozinha. "Estiveram sempre os dois ao pé de mim, por isso tinham de ter mais pessoas com eles para andar pelo resto da casa, porque eles remexeram tudo", explicou.
"Não tenho medo, só tenho receio de que eles façam a outras pessoas o que me fizeram a mim", remata, quase emocionado, o sacerdote.
Fonte: Correio da Manhã
É demais! Todos os dias casos e casos de violência, assaltos, agressões, roubos, mortes, insegurança. Este país está a transformar-se numa enorme "favela brasileira".
Sem segurança, nenhum país progride.
Mas alguém se preocupa com esta miserável realidade?
Sócrates está é preocupado com os casamentos entre pessoas do mesmo sexo e em distrair o país da triste realidade em que vive.
A oposição, ou está centrada na resolução das suas questões intestinas ou em negociar o orçamento para mostrar "poder", ou entretida "com conjunto de condições folclóricas que atestam a sua integridade ideológica e a sua inutilidade política."
A Igreja está imersa no seu silêncio profundo como se a multidão de ofendidos não fosse gente.
Sindicatos e associações patronais silenciam.
O povo sofre, paralizado, amorfo, indiferente, incapaz sequer de se manifestar.
Resta a comunicação social. Esta ao menos não cala.
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