Mas ainda podemos dizer o que sentimos, evitando riscos de leitura.
E o que eu sinto, com a sucessão de pedidos de perdão por parte da Igreja e a divulgação e notícias de escândalos a conta-gotas, é que precisamos de preparar cristãos e, sobretudo os padres (todos!) para o sofrimento e não para o sucesso, para a crise e não para o aplauso, para a cruz e não para a glória, para a vergonha e não para o pódio.
Ou temos a nossa vida centrada e enraizada em Cristo e partilhamos do Seu Amor à Igreja, sua Esposa (casta meretriz!), ou não há veste sagrada que nos proteja, nem campanha que nos lave a cara.
Cabe-nos abraçar o presente, este presente, que, em alguns casos, também é presente envenenado.
E saber que a hora que nos foi dada viver não é de triunfalismos, de apologética, de domínios. É de martírio. De testemunho. De purga. De purificação. De humildade e humilhação.
Deixo, em jeito de partilha, um breve recorte de um texto sentido do Pe. Edgar Clara, no Semanário "Sol".
Amaro Gonçalo Ferreira Lopes, aqui
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