quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Férias, três anos depois...


Nos últimos anos não tive férias, a que não são estranhas situações como a pandemia, mudança dev casa, etc.

Este ano voltei ao Algarve na companhia de familiares. Nos primeiros dias, só os "kotas", depos foram aportando os mais novos. Chegamos a ser 10 pessoas em casa que, felizmente, era grande.

Porque férias são libertação de horas e horários, havia poucos compromissos que envolvesem o grupo todo: apenas almoço e jantar e uma ou outra saída combinada.

Quatro dos "kotas" levantávamo-nos cedo e passeávamos pela praia de Manta Rota até a Cacela e sua famosa Ria. Uma hora e pouco. De regresso, quase sempre já com presença de alguns mais novos, seguia-se o mergulho - ou como dizia em criança um dos meus sobrinhos, o "mi manho na quiaia". Depois de um tempo na toalha, seguia-se o regresso a casa, faseado, pois quem tinha o cuidado do almoço vinha mais cedo. Para os retardatários, lá chegava via telemóvel o pedido de socorro: passem pelo supermercado e tragam isto ou aquilo de que nos esquecemos.

Claro, enquanto não chegaram os sobrinhos, tive que fazer o trabalho escravo de pôr a mesa. Que trabalheira! Felizmente, mal eles aportaram, fui isento desta canseira...

Pelas 16 horas, regresso ao areal. Tinha então lugar o meu passeio solitário pela praia. Sozinho no meio da multidão. Sendo uma praia muito familiar, as cenas de família encantavam-me. Famílias a jogar, a brincar, a realizar partidas, a passear, a conversar. O encanto divino das crianças envolvia o ambiente de ternura, beleza, elevação. Quanto vezes eu repeti para mim mesmo: "A prova de que Deus ama o mundo está no encanto das crianças."

Claro que não há férias sem peripécias. No primeiro dia de praia, perdi-me dos meus. Depois do passeio, não consegui dar com o lugar onde eles estavam. Depois de procurar e voltar a procurar, dirigi-me a um nadador salvador que, gentilmente, procurou ajudar. Volta e mais volta, eis que aparece um familiar à minha procura. Isto no momento que o nadador salvador telefonava pedindo uma moto de água para me levar a casa. Claro que eu sabia o camnho de regresso a casa, mas nem uns chinelos tinha para o regresso.

Notas:

1. A água esteve muito apetecivel, excepto um dia em que apareceu mais mal disposta.

2. Num dos dias, reunimos e convivemos com outros familiares que estavam noutros pontos do Algarve. Muito agradável.

3. Agora a Manta Rota tem uma Capela onde participámos na Eucaristia, lembrando e realizando o pensamento que diz: "Não faças férias de Deus; faz férias com Deus!"

4. Este ano, não realizámos grandes passeios. Eu gostei assim. Férias são para descansar. Ou será da velhice!? Mas fomos à bela cidade de Tarvira, Praia Verde, Aiamonte, alguns a Vila Real de Santo António. Neste momento, Manta Rora tem poucos pontos de diversão.

5. Ainda sobre o Algarve, duas impressões. No geral um pouco mais de simpatia não ficaria nada mal aos algarvios. O custo de vida é um exagero. Mas tem boas praias, Sol e boa água...

6. Como a gratidão é a memória do coração, um obrigado profundo ao P.e Bráulio que fez o favor de me substituir na paróquia.

Para os meus irmãos, sobrinhos e amigos, um abraço tão grande como a praia de Manta Rota. Obrigado pelo acolhimento, pela atenção, pelas brincadeiras, pela gratuitidade, pelas conversas e silên\cios que partilhámos. Tenho muito orgulho em vós.

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