Uma instituição vazía, ainda que cheia de actividades
Pode-se afirmar que a Igreja sempre foi prolífera em iniciativas pastorais. Nos últimos anos, desde o Concílio Vaticano II, esta forma de se viver em Igreja cresceu exponencialmente. A denominada Nova Evangelização, ideia bastante interessante na sua génese mas parca na sua prática, incrementou a criatividade pastoral. E estes tempos pós-modernos, voláteis, líquidos e plurais, são tempos que privilegiam, mesmo social e culturalmente, o excesso de actividade e de comunicação. A Igreja apenas vai na onda e por isso - desde as Igrejas particulares à Igreja universal representada pelo Vaticano - vive envolta de livros, notas pastorais, congressos, palestras, eventos religiosos e afins.
No meio de tanta iniciativa pastoral, sobra pouco espaço para se viver aquilo que se prega. Sobra pouco espaço para o testemunho, essa acção discreta, diária e simples de mostrar que Cristo é a razão de viver por excelência. Dizia Paulo VI que “O ser humano moderno precisa de ver como se vive, mais que ouvir dizer como se deve viver”.
A Igreja do futuro ou será uma “Igreja Testemunho” ou será cada vez mais uma instituição vazía, ainda que cheia de actividades.
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