Dá-me a ideia de uma Igreja centrada em coisas e atividades, mas descentrado de Cristo... É dia disto, é dia daquilo; é ano disto, é ano daquilo; é tempo disto, é tempo daquilo... Um completo exagero de fuga ao importante. Assim o sinto. Quase todos os domingos são domingos de alguma coisa quando o concílio defendeu que o domingo se centrasse na sua essência, o mistério pascal.
Dizia D. António Ferreira Gomes que a agitação é paralisante. Mal temos tempo para aprofundar cada iniciativa, que se sobrepõem umas às outras. O saudoso cardeal Martini, após o jubileu do ano 2000, escreveu uma pastoral em que propunha que no ano seguinte não se promovesse iniciativa alguma. O modelo era Nossa Senhora em sábado santo, como tempo de silêncio, espera e esperança. Não será disto que mais precisamos?
"De palavras estamos cheios; de obras, vazios" (Santo António)
Depois coisas tão pequeninas não são resolvidas, causando sofrimentos e abatimentos aos responsáveis, divisão e escândalo entre cristãos. Veja-se o que se passa com os casamentos, batismos, padrinhos, etc. Situações que martirizam os párocos.
Há poucos dias, a imprensa titulava: "Papa critica «religiosidade rígida» e pede que a Igreja seja sinal de «liberdade e acolhimento»...
Pois, então que quem pode altere certas normas!... É que muitas vezes as periferias existenciais encontram-se no seio da Igreja. Urge ir ao seu encontro, não com belas palavras, mas com obras, normas e leis que contribuam para afastar essa "religiosidade rígida", possibilitando a " liberdade e o acolhimento".
Como dizia Sto António: "De palavras estamos cheios; de obras, vazios."
Por amor de ti, amada Igreja, minha casa e minha família!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.