terça-feira, 30 de novembro de 2010

'Jesus estaria contra esta política de soutien'

"No que diz respeito à corrupção, à Máfia, à Maçonaria desviada, aos jogos de poder. Temos uma estrutura social e política montada no penacho, no compadrio, na corrupção legal. Não temos partidos com linhas políticas, temos partidos com gatafunhos ideológicos. Isto dói-me muito. A política não pode ser profissão, tem de ser serviço."

"No ensino não lembra a ninguém inteligente o que está a acontecer em Portugal com o Magalhães, que é simples manobra de propaganda política, é pó-de-arroz do primeiro-ministro, que bem precisa, coitado! Precisa de lifting, de peeling, de tudo. Parece que está tudo maluco."

"Sou formatado para o disparate, como a quantidade de deputados que temos na Assembleia da República, que não servem para nada. Da segunda fila para trás podiam ir todos embora.Não temos dinheiro para alimentar aquela gente toda."

"Sempre que se trata de defender a dignidade de quem quer que seja, estar calado é um crime. Ponto final."

"Tem de se começar por explicar a toda a gente da Igreja, sem excepção, a diferença entre poder e serviço. Em vários contextos, senti-me envergonhado de ser padre, diante da miséria e da prepotência de gente que tinha a obrigação de estar ao serviço dos pobres. Critico alguns senhores de cabeção e hábito de serem uns vaidosos insuportáveis. Parece que têm Deus na barriga. E andam a arrotar Deus por todos os lados. São pessoas que dão razão a Marx, que dizia que a religião é o ópio do povo . São pessoas que se aproveitam da fragilidade do povo para o apoiar, para lhe dar conselhos. E dar conselho a alguém, a não ser que seja mentalmente incapaz, é uma falta de respeito. Diante de alguém com um problema, a minha obrigação primeira é ouvir, filtrar a mensagem, mas dar ao outro a liberdade de ser gente."

Leia AQUI a entrevista na íntegra.

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