quinta-feira, 18 de abril de 2013

ONDE PÁRA A SEGURANÇA DOS PORTUGUESES?

Ouve-se dizer - com o exagero advindo da indignação - que Portugal "abrasileirou-se" no que se refere à segurança de pessoas e de bens, um direito constitucionalmente assegurado.
- Violências familiares, físicas e psicológicas. É assustador o número de mulheres assassinadas nos seus lares.
- Violências quotidianas sobre idosos cujas casas são assaltadas. Sobretudo, mas não só,  quando os vivem mais isolados. Alguns, com a perda da própria vida.
- Violências e mortes entre gangs rivais, ligados à toxicopedência, tráfego de armas, de pessoas, de órgãos e a outros processos criminosos.
- Carjacking  com o seu cortejo de violências, sequestro, roubo e até mortes.
- Sequestro de pessoas visando extorquir quantias importantes de dinheiro.
- Assaltos a toda a hora e em todos os pontos do país.
- Tráfego ilegal de pessoas - tantas delas em estado aflitivo -, visando extorquir-lhes dinheiro, e depois abandonando-as à sua sorte no país de emigração.
- Malfeitores que usam processos maquiavélicos para enganar, roubar, assaltar.

NÃO, NÃO É VERDADE! PORTUGAL NÃO É HOJE UM PAÍS DE BRANDOS COSTUMES. 
1. Ausência de valores. A família, maior escola de transmissão de valores, deixou, tantas vezes, de funcionar. É mais um ajuntamento de pessoas do que uma comunidade de vida, de amor e de transmissão de valores.
2. O relativismo moral hodierno em que cada um decide o que é bom ou que é mal. Na dinâmica relativista, é bom o que me interessa, o que gosto, o que me dá prazer. Os resultados estão aí...
3. O abandono de Deus e da Sua Palavra. Sem Deus o homem caminha nas trevas, faltam-lhe caminhos claros, o outro é apenas um outro, o egoísmo ocupa o trono dos corações, o materialismo é um catecismo.
4. A vida conta muito pouco. Ao "NÃO MATARÁS" e ao "NÃO FURTARÁS" bíblicos, sucede hoje uma sociedade para quem a VIDA não é valor absoluto. E as sociedades têm muita culpa ao aprovarem sucessivamente leis que põem em causa a vida. Veja-se a lei do aborto, as discussões sobre a eutanásia e outras... Sem respeito absoluto pela vida, a vida torna-se um inferno.

E OS GOVERNOS? E AS OPOSIÇÕES? E OUTROS RESPONSÁVEIS?
Por exemplo, o CDS, parceiro da atual maioria governamental, fez da segurança uma das linhas fortes na última campanha eleitoral. Agora, que tem responsabilidades governamentais, que tem feito? Que tem dito?
O PSD E O PS nunca  demonstraram que a segurança fosse uma das suas principais preocupações. Quando estão no governo, lá vão mostrando umas estatísticas que lhes convêm para deitar uns pozinhos sobre o problema.
O Bloco e o PC  nem tocam no assunto. Por vezes transmitem a ideia que, para eles, quanto mais confusão melhor...
O Parlamento passa ao lado de questões fundamentais como a segurança dos portugueses e seus haveres.
Os meios de comunicação, tão preocupados com a crise, os escândalos e quejandos, não debatem a sério estes assuntos relativos à segurança.
A própria hierarquia da Igreja não faz deste assunto um real problema.
Os sindicatos, sempre tão aptos a manifestações, nunca fizeram da segurança de pessoas e bens uma bandeira.
Os tribunais, sempre tão lentos, no caso da segurança, tantas vezes deixam escandalizados os cidadãos pelas decisões tomadas.
As polícias precisam de mais autoridade legal para poderem defender devidamente os cidadãos. Só uma polícia respeitada, prestigiada e dignificada pode assegurar a tranquilidade das pessoas.
As leis precisam de ser categóricas, castigando o infrator e defendendo as vítimas. Tem-se a sensação contrária...

A impressão que dá é que neste campo, os cidadãos estão entregues "a sua sorte."

Nada pode justificar o clima de insegurança reinante. NADA. A insegurança é monumental inibidora da convivência pacífica, do progresso, da saúde e da serenidade.
Pedir não é crime. Crime é roubar. Em qualquer circunstância, mesmo em plena crise.
Os cidadãos têm direito à indignação, ao protesto, à denúncia no tocante às questões económicas e sociais. MAS TÊM DEVER DE RESPEITAR SEMPRE PESSOAS E SEUS BENS!

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