Tudo o que cheire a escândalo e envolva padres, é logo motivo regabofe na comunicação social. E mais, o julgamento popular é imediato! Nem sequer se espera que os tribunais se pronunciem!
Veja aqui.
1. A riqueza por meio ilícitos, seja quem for que assim a obtenha, é crime. Ponto.
Claro que um padre deve ser modesto, honesto e simples no vestir, no ter, na administração.
E em relação aos bens da comunidade, a clareza e a verdade impõem-se. Aliás existem os conselhos económicos nas paróquias para tratar desses assuntos.
2. O padre é um cidadão. E como tal não pode ser herdeiro de bens legítimos? Não pode receber honestas ofertas que lhe sejam dadas? Não pode ter sentido de economia e, nesse sentido, saber aplicar bem os seus rendimentos? E quando pede o que lhe é ligítimo pedir está a cometer algum crime?
3. Penso que umas das coisas que o povo de Deus tem mais dificuldade em compreender é o amor ao dinheiro dos seus padres. Outros defeitos e quedas vão perdoando, mas a escravização ao dinheiro, essa o povo não aceita.
E humiuldemente digo, tem razão o povo. Um padre que viva para ter muito dinheiro, muita riqueza, muitos teres e haveres e que faça disso o objectivo da sua vida é um contra-sinal.
4. A idolatria do dinheiro é um culto terrível e terrífico, seja quem for que a tal idolatria se dedique. Quando o vil metal toma conta da vida de uma pessoa, deixa-lhe o coração mais tisnado do que o fogo deixa a mata.
Num coração tiranizado pelo dinheiro, não há sentimentos nem atitudes de bondade, de compaixão, de beleza, de altruísmo, de família, nada! Tudo é visto em função de mais uns euros a acrescentar à conta.
5. Exigem-se duas posições humanas:
- deixar que os tribunais façam o seu serviço, pois, quando se trata de padres, o anticlericalismo geral lusitano, lavra de imediato sentença - tantas vezes injustiça e trucidária;
- compaixão e ajuda para que quem caiu no abismo abocanhante da dependência do dinheiro possa mudar de vida e descobrir o bom e o belo de um viver servindo.
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