Sublinhamos da sua participação:
“É perigoso que uma fatia significativa da população não esteja nem aí para os 50 anos do 25 de abril, pois não estamos livres de um pesadelo e de acordarmos para um mundo diferente” um destes dias.
(...) criticou ainda que, “no Parlamento, não seja normal a sã convivência de pessoas que pensam de maneira diferente” e questionou: “Há limite em o outro defender aquilo que pensa? Temos de ter um pacto social de linhas vermelhas?”.
É preciso parar para pensar e refletir sobre que forma podemos melhorar a nossa democracia, e não ter medo disso”, defendeu, justificando que “a ideia generalizada de que todos os políticos são ladrões ou corruptos a certa altura cria uma generalização que é perigosa”. “Hoje em dia, quando alguém aceita ser deputado, governante ou autarca, eu rezo por eles porque ou é loucura ou martírio”.
Sobre o porquê de a Igreja não ter sido tão afetada após a revolução como o foi no tempo da I República, D. Américo Aguiar recordou a figura de D. António Ferreira Gomes, antigo bispo do Porto, exilado pelo regime, e “os diferentes movimentos que falavam e refletiam sobre a liberdade”, assinalando como parte da razão que levou a que a transição fosse mais pacífica.O cardeal elogiou também a posição da Igreja Católica em Portugal ao ter decidido ““não abençoar um partido católico, mas incentivar a presença dos católicos em todos os partidos com que se identificassem”.
“Isso eventualmente tirou alguma visibilidade à Igreja, mas foi uma opção com a qual concordo”, assumiu.
(...) uma nova geração de leigos menos ativa na praça pública e reconheceu que a Igreja “tem défice de salvar as costas aos leigos que dão a cara”. “Isso aconteceu e foi desgastando o laicado que, com a «vacina» do Concílio Vaticano II, era muito ativo.”
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