domingo, 28 de abril de 2024

Nem sempre a razão está do lado de quem mais grita...

 Quem tem responsabilidades tende a olhar o mundo através daqueles que mais gritam, que mais barulho fazem... Estar atento à realidade não é ficar-se só, nem sobretudo, naqueles que mais barafustam, que mais se fazem notar.

Ora se os grupos barulhentos são favoráveis a quem está no poder, pior ainda. Então quem manda convence-se de que tudo está bem,  que o caminho a percorrer tem o apoio geral, que quem se opõe não sabe o que faz e não merece crédito. Depois, quando a vontade do povo se faz sentir através das eleições, esses dirigentes caem na real, só que já é tarde.

As eleições últimas no FCPorto  são a concretização do que acabo de dizer.

O barulho da claque Super Dragões, o seu estrebuchar por todos os lados no apoio e defesa de Pinto da Costa, não indicava de modo nenhum que a maioria dos associados estava com o presidente. Se juntarmos à claque  aquele grupo que vivia endeusando o dirigente máximo - maioria  dos comentadores portistas nas televisões, treinadores e ex-treinadores, grupo de apoio à candidatura, e mais alguns - não será difícil concluir como se criou na cabeça de Pinto da Costa a ideia de apoio popular, que se veio a revelar não ter.

Foi esta separação abismal  entre a direção e os associados que Pinto da  Costa não entendeu. Estou convicto que nos anos noventa do século passado se teria facilmente apercebido. 

Quando não sabemos sair a tempo, é o que pode acontecer a qualquer um.  Pinto da Costa sai com uma derrota humilhante nas urnas. Nem ao 20% chegou, 

Não havia necessidade.

Que a lição serva para todos os que exercem algum tipo de autoridade: políticos, dirigentes de associações,  autoridades religiosas, dirigentes desportivos ... Todos, todos, todos...

Nota: Há muito tempo que, neste espaço,  opino que Pinto da Costa se deveria ter retirado. Algumas vezes concretizando uma data: 2011. Basta consultar este Blog. 

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