sábado, 13 de junho de 2009

11º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Naquele tempo,disse Jesus à multidão:
«O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus dizia ainda:
«A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer,e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos. (Mc 4,26-34)

O Evangelho conta-nos duas pequenas parábolas que se completam mutuamente. Jesus pede aos que anunciam a Palavra (aos que lançam a semente) que não se preocupem com a forma como ela cresce e se desenvolve. Devem apenas confiar na eficácia da Palavra anunciada, conformar-se com o tempo e o ritmo de Deus, confiar na acção de Deus.
Quem semeia a Palavra de Deus tem de respeitar o crescimento interior de cada pessoa sem exigir que sigam ou caminhem ao mesmo ritmo, que pensem como nós… quem semeia confia em Deus. Também no Evangelho se faz referência à pequenez da semente (Deus não impõe a sua Palavra… propõe… e propõe de muitas maneiras, quase sempre muito discretas!).
Desafia-nos este texto do Evangelho a rever os nossos critérios de actuação e a nossa forma de olhar o mundo e os nossos irmãos. Por vezes (a maior parte das vezes!), é naquilo que é mais pequeno, débil e aparentemente insignificante que Deus Se revela. Deus está nos pequenos, nos humildes, nos pobres, nos que renunciaram a esquemas de triunfalismo e de ostentação.
É dos pequenos que Deus se serve para transformar o mundo… Deus está nos mais pequenos, débeis e insignificantes e habitualmente é nesses que o próprio Deus se dá a conhecer.
Qualquer atitude de arrogância, de ambição desmedida, de poder a qualquer custo, não são sinais do reino. Sempre que nos deixamos levar por tentações de grandeza, de orgulho, de prepotência, de vaidade, estamos a frustrar o projecto de Deus, a impedir que o Reino de Deus se torne realidade no mundo e nas nossas vidas.
Confiar em Deus é depositar nele toda capacidade de crer, toda expectativa de vida, mesmo que as circunstâncias indiquem o contrário. A verdadeira confiança em Deus não aceita, não discute, nem cede espaço a qualquer ideia ou solução que, espiritualmente, não proceda de Deus. Confiar em Deus significa encarar a escuridão crendo que ela não é o fim. Confiar em Deus significa olhar para a tempestade esperando pela bonança. É enfrentar os nossos problemas aguardando a solução. Enfim, confiar em Deus é irmos com Ele pela veredas da vida sabendo que sempre seremos levados ao melhor lugar.
E acima de tudo, a verdadeira confiança em Deus não está centralizada em fins temporais como prosperidade, poder, saúde ou sucesso. A verdadeira confiança é a entrega total nas mãos de Deus, agradecido pela vida e fazendo fé no futuro que só Deus pode dar.
( A Rede na Rede)

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