sexta-feira, 8 de agosto de 2008

AOS MIGRANTES


Jovens Migrantes — Protagonistas da Esperança

- De 10 a 17 de Agosto decorre a Semana Nacional de Migrações

- Em 12 e 13 de Agosto, Peregrinação Nacional dos Migrantes (emigrantes e imigrantes) a Fátima

- 17 de Agosto, 94º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

A globalização da Sociedade humana veio acelerar e facilitar a mobilidade das pessoas que permite uma interculturalidade cada vez mais abrangente por motivos laborais, turísticos, académicos, sociais, políticos, etc.
Não há pequena aldeia ou lugar turístico do mais longínquo interior que não tenha contactos, mais ou menos habituais, com pessoas de outro país, de outra língua, de outra cultura, de outro estilo de vida.
As férias, os interesses múltiplos, as curiosidades culturais mais diversas trazem gente que, se cruza connosco todos os dias, que nos faz perguntas, que nos pede informações, que nos solicita acolhimento, que se admira dos nossos hábitos, que partilha connosco a sua vida. Muitos destes são jovens trabalhadores, estudantes, turistas e até “vagos” — imigrantes das novas gerações que, por qualquer razão, vivem entre nós ou partilham, connosco, os mesmos bens e condições.
A Igreja é chamada, por vocação e missão, a acolher, a inserir, a integrar, a partilhar, a com-viver. A Igreja é Comunidade inter e multicultural que olha cada pessoa como filha de Deus, nossa irmã, parceira e companheira na vida, chamada à mesma dignidade e à mesma alegria de viver os mesmos valores e com os mesmos direitos. Mais ainda. A Igreja é a instituição que dá o alerta para os direitos dos (e-i)imgrantes, que denuncia todos os possíveis sinais de discriminação ou injustiças no acolhimento, na inscrição, na integração, na participação ou no relacionamento. Nesta coerência, a Igreja nunca pode aceitar que, por quaisquer diferenças, a pessoa do migrante seja posta num outro lugar que não aquele a que, como pessoa, tem direito.
Neste ano 2008,o tema do 94º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado é: “Jovens migrantes: Protagonistas da Esperança”. É um tema muito caro à Igreja, muito “nosso". Porque são jovens e porque são protagonistas da Esperança. Sejamos criativos, na pastoral da proximidade, da relação e do acolhimento para que seja assim. Qualquer (e-i)migrante, sobretudo se é jovem, deverá encontrar, em cada Comunidade Cristã, um “espaço” de inserção e um apoio, concreto e visível, para uma integração completa. Sentindo-se irmãos numa família de acolhimento alargada, os jovens sentir-se-ão implicados a ser participantes na construção global de uma casa comum, também eles protagonistas de uma Boa Nova que é universal: na origem, no destino e no conteúdo. Não há muitas outras maneiras de combater as múltiplas violências que muitas formas de ‘apartheid’ vão criando. O
Ilídio Pinto Leandro, Bispo de Viseu

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