quinta-feira, 13 de julho de 2017

Os stands de automóveis e os Batismos


Um homem precisava de trocar de carro. Decidiu-se por uma marca e um modelo.
Tirou um tempo, pôs o carro ao caminho e percorreu vários stands da marca pretendida.
O que viu e ouviu deixou-o perplexo. Muitas  diferenças de stand para stand quanto ao valor atribuído ao seu velho carro, ao preço do novo e às condições de compra. Depois, em casa, ponderou, analisou e decidiu-se.


Não é o que se passa com os batismos? Os pais percorrem várias paróquias (ou têm informações), veem as condições quanto a datas, preparação, burocracias e aceitação de padrinhos. Depois decidem-se pelo que lhes é mais conveniente. É triste, mas é assim em muitos casos!


Mais, quando os padrinhos chegam de uma paróquia diferente daquela onde se realiza o batismo devem trazer uma declaração de idoneidade (documento que prova que são idóneos para desempenhar o múnus de padrinho) da parte da paróquia onde residem.
Pensemos numa grande paróquia de uma grande metrópole ou seus subúrbios onde residem centenas de milhar de pessoas.  Que possibilidade tem a paróquia de saber da idoneidade desta ou daquela pessoa para ser madrinha/padrinho de batismo, quando se sabe que alguns só aparecem para este efeito? Quando até alguns chegam ao cúmulo de ocultar ou mesmo negar situações impeditivas...
Já para não falar de casos onde a paróquia de residência do candidato a padrinho atesta a sua idoneidade, mesmo que o referido candidato não reúna os requisitos estabelecidos pela Igreja.


Face a toda a problemática atual dos batismos, bem diferentes de épocas passadas, a Conferência Episcopal Portuguesa deveria tomar uma posição pastoral, clara e decisiva,  que evitasse esta confusão que mundaniza a vivência eclesial, causa a divisão, gera conflitos e perplexidades.


AOS PAIS
Um cristianismo de facilitismos  é um paganismo tingido de cristianismo. Um cristão vive a vida da sua comunidade, participa nela, aceita e acolhe a suas orientações, sabendo que é quando a comunidade está bem que cada um também estará bem.
"Quem quiser ser meu discípulo pegue na sua cruz e siga-Me" - Jesus Cristo
"Aspirai às coisas do alto e não às coisas da terra" - S. Paulo
Atos cristãos que jogam apenas para o social, procuram satisfazer interesses e manias, satisfazem egos, merecem o nome de cristãos? NUNCA.
Preocupem-se em saber se são cumpridas as orientações da Igreja. Isto basta.


Mais uma vez me permito expressar a minha opinião, humilde e convictamente:
Acabem com os padrinhos! A lei canónica abre claramente essa porta.

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