No
concelho de Tarouca, tem lugar o feriado municipal em 29 de setembro, dia
de S. Miguel. Na maioria dos concelhos, o feriado municipal coincide com a
festa do padroeiro da paróquia-sede. Neste caso, deveria ser São Pedro, que é o
padroeiro da paróquia de Tarouca. Mas a tradição tem muita importância. E
pronto, é São Miguel quem dá origem ao feriado municipal.
Não tem celebrações religiosas especiais, tirando a Eucaristia. É sobretudo uma feira, actualmente com menos gente, mas outrora muito concorrida. A Igreja estará aberta para que as pessoas possam venerar S. Miguel que, nesse dia, tem um espaço próprio.
Não tem celebrações religiosas especiais, tirando a Eucaristia. É sobretudo uma feira, actualmente com menos gente, mas outrora muito concorrida. A Igreja estará aberta para que as pessoas possam venerar S. Miguel que, nesse dia, tem um espaço próprio.
Duas
tradições culturais têm a ver com o S. Miguel: a marrã e o bazulaque. E tenho
pena que, sobretudo o bazulaque, esteja a cair em desuso, já que é um prato
típico tarouquense. Apelo aos tarouquenses que não deixem cair esta tradição
culinária.
Apesar dos tempos serem outros, continua a haver muita gente que não dispensa uma ida às tendas para comer uma fêvera. Dizem as pessoas que aí tem especial sabor. É a tal marrã.
Apesar dos tempos serem outros, continua a haver muita gente que não dispensa uma ida às tendas para comer uma fêvera. Dizem as pessoas que aí tem especial sabor. É a tal marrã.
A
marrã penso que tem a ver com o ciclo da carne. Em tempos que já lá vão, não
havia a abundância que hoje há. O grande abastecimento de carne tinha a ver com
a carne de porco, cujo início da matança coincidia com o ciclo das colheitas.
Daí a festa e a alegria desta data. Significava a novidade da chegada da carne.
Penso também que o bazulaque tinha então a ver com os pobres. Não tinham dinheiro para comprar cabritos, cordeiros , etc. Então aproveitavam os "miúdos" destes animais que os mais ricos desperdiçavam. Nascia assim um prato popular que se tornou património de todos.
Penso também que o bazulaque tinha então a ver com os pobres. Não tinham dinheiro para comprar cabritos, cordeiros , etc. Então aproveitavam os "miúdos" destes animais que os mais ricos desperdiçavam. Nascia assim um prato popular que se tornou património de todos.
Este
ano, dada a campanha para as eleições legislativas, a feira teve especial
colorido. As várias forças concorrentes a mostrarem-se.
Claro
que este dia foi precedido de várias manifestações no Centro Cívico, sobretudo
de índole musical. Naquele espaço, várias associações apresentavam-se e angariavam
fundos. As suas barraquinhas emolduraram bem o recinto.
Realizou-se
ainda o apreciado Cortejo Etnográfico, muito concorrido, não só pela presença
de todas as freguesias do concelho, como
pela basta presença de público. Este cortejo foi um pedaço da nosso história
que foi recriada e apresentada ao vivo.
Tiveram
ainda lugar o Encontro Bandas Filarmónicas de Gouviães, Lalim e Tarouca em 20
de setembro e o “Varosa Moments”, em 19 de setembro, na Casa do paço, em Dalvares.
Também o GASPTA fez a sua feirinha na Feira de São Miguel, um apelo à solidariedade na praça pública.
Mais fotos aqui
Gostei muito do blog, o S. Miguel uma festa que eu costumava ir quando criança, saudades desse tempo.
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