A carta refere também os peregrinos que farão a experiência de peregrinação às Portas Santas em Roma, ou nas diversas dioceses do mundo, sem esquecer os que não a puderem fazer “sobretudo os doentes e as pessoas idosas e sós”.
Francisco lembra-se igualmente dos reclusos “que experimentam a limitação da sua liberdade”: também eles podem acolher as graças do Ano Santo. “Nas capelas dos cárceres poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que este gesto signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em experiência de liberdade”.
O Papa está convencido que “o perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido, sobretudo quando, com coração sincero, se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai”. Por isso, durante o Jubileu da Misericórdia concede a todos os sacerdotes “a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado”. Habitualmente o perdão desta pecado grave está reservado ao bispo ou ao sacerdote que ele designar para esse efeito.
Como são diferentes esta e outras atitudes do Papa! Em vez de colocar barreiras ou entraves a quem se quer abeirar da Igreja, prefere abrir as portas para acolher e sanar as feridas de tantos que deambulam pelas “periferias existenciais e geográficas”. Um Papa que se preocupa mais em incluir do que em excluir ou excomungar.
(Texto publicado no Correio da Manhã de 04/09/2015), aqui
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