quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Não concordo

"Há escolas que, este ano letivo, deixaram de oferecer Inglês no 1.º ciclo ou que mantêm a oferta apenas em alguns anos de escolaridade, enquanto outras continuam a ensinar a língua. A variedade de situações é possível já que os estabelecimentos de ensino deixaram de ser obrigados a facultar estas aulas.
O fim da obrigatoriedade foi determinado por um despacho de julho, assinado pelo ministro da Educação. Apesar de ter mantido o período de funcionamento das escolas do 1.º ciclo até às 17h30, Nuno Crato mandou reduzir as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) para metade do tempo. E retirou a obrigatoriedade do ensino de Inglês, introduzida pela primeira vez em 2005, no tempo de José Sócrates."
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É comum dizer-se que a escola prepara para a vida.
Todos sabemos que hoje o Inglês é uma língua universal, importantíssima para quase todos os campos de atividade e de empregabilidade.
Nas relações internacionais, na investigação, nos serviços, na emigração qualificada, nos estudos, na tecnologia, no turismo... Até as músicas mais ouvidas e os filmes mais vistos estão em Inglês...

Eu que sempre fui e continuo a ser um forte opositor da política (?) educativa do governo Sócrates, penso que a introdução do Inglês como língua obrigatória no 1º ciclo fez sentido.
Acredito que o domínio dessa língua pelos estudantes só lhes facilita o futuro, aqui ou no estrangeiro. Basta ver as ofertas de emprego que chegam lá de fora, mas que colocam como exigência o domínio do Inglês.
Por outro lado, os resultados nesta disciplina deixam bastante a desejar por essas escolas fora, mormente no interior. A sua lecionação no 1º ciclo contribuiria para gerar mais igualdade de oportunidades e para um escola mais inclusiva.
Acresce o facto da disparidade de opções em relação ao ensino do Inglês por partes das diversas escolas, gerar situações diferenciadas quando os alunos chegam ao 5º ano.

Está mais que visto que enquanto não houver um pacto de regime em relação à educação, esta permanece, como rolha à tona da água, à disposição dos caprichos e manias de quem, momentaneamente, manda. O que hoje se anuncia com pompa e circunstância, amanhã é revogado. E assim alunos, professores e escolas continuam cobaias da instabilidade e dos caprichos dos detentores do poder.

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