domingo, 12 de dezembro de 2010

Manuel Alegre: o Estado Social e a Segurança

Há cerca de um mês, Manuel Alegre declarou em Tavira:
- “O Estado social não é uma abstracção, são direitos sociais concretos de pessoas concretas”.
- “Sei que há pouco dinheiro mas tem que haver dinheiro para o essencial” disse Manuel Alegre. “Comigo na Presidência, garantiu, ninguém toca no SNS, na escola pública, na segurança social pública e nos direitos laborais dos trabalhadores”.
-  "Pois eu digo: veto e usarei todos os poderes presidenciais para defender esses direitos e para defender o conteúdo social da nossa democracia”. “Os direitos sociais são inseparáveis dos direitos políticos”.

Aliás a defesa do 'Estado Social' percorre os vários discurso da campanha do candidato à Presidência da República, Manuel Alegre, que é apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda.
Estado social: Serviço Nacional de Saúde, escola pública, segurança social pública, direitos laborais dos trabalhadores.

Não pretendo neste momento abordar a exequibilidade ou não do Estado social tal como é defendido por Manuel Alegre. Penso, contudo, que o imobilismo é a pior forma de defender os direitos sociais dos cidadãos.

O que  tem chamado a minha atenção é outro ponto. A ausência de referências no discurso de Alegre à insegurança em que vivem os cidadãos e seus bens.
Defende-se o Estado social, mas não se defendem os cidadãos. E a insegurança reinante é um facto concreto vivido por pessoas concretas.
E a segurança de pessoas e bens é um direito essencial, inseparável dos direitos políticos.
Alegre, que tanto cita a Constituição, sabe que esta garante a segurança das pessoas e dos seus bens.
Como se explica este vazio de referências à segurança no discurso de Alegre?

Se virmos bem, o tema "segurança" não é caro à extrema esquerda. Não faz parte das denúncias com que PC e BE nos matracam constantemente.
Ladrões, assaltantes, criminosos, malfeitores, violentos, etc, não merecem a denúncia clara, constante e adequada da extrema esquerda nacional.
Para a gente deste quadrante político, se um assaltante mata um polícia, fica o silêncio; mas se um polícia tem que dar uma coronhada num criminoso, ui! Fazem um escabeche da dimensão da Coreia do Norte!

Enfim, cada país tem a esquerda que merece!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.