quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2009 em balanço

Mais um ano que se despede.
No fim de cada ano, aparecem sempre os balanços, normalmente marcados pela subjectividade de quem os faz. O que se compreende, pois estes 365 últimos dias não tiveram o mesmo impacto em toda a gente.
Num breve e superficial balanço, procurarei assinalar, na minha perspectiva, aspectos positivos e menos positivos do ano prestes a findar.

POSITIVOS
1. Obama tomou posse em Janeiro deste ano como Presidente dos Estados Unidos da América. Já recebeu o prémio Nobel da Paz. Embora com a lentidão que se compreende, tem sido um descompressor de tensões mundiais e continua a ser um esperança de dias melhores para a humanidade.
2. 2009 trouxe tentativas de aproximar as religiões. É sempre importante para desfazer preconceitos e aplanar caminhos de paz para a humanidade.
3. A realização de três actos eleitorais em Portugal, que decorreram com bom espírito de cidadania, confirmam que Portugal aprecia a democracia.
4. No ano prestes a findar, o Porto ganhou internamente tudo o que havia para ganhar e fez boa campanha europeia. Sobretudo, a selecção qualificou-se, já em cima da meta, para o Mundial da África do Sul.
5. 2009 trouxe o encerramento do Ano Paulino e o lançamento do Ano Sacerdotal. Penso que o primeiro acontecimento teve mais impacto do que o segundo que está a decorrer com alguma mornice, pese embora as actividades realizadas e a realizar.
6. Para mim, pessoalmente, foi o ano em que pedi e me foi concedida a reforma antecipada.

MENOS POSITIVOS
1. Em 2009, o mundo viveu a ressaca de uma crise financeira mundial sem precedentes e que demora a ter fim à vista (pelo menos, em Portugal). O desemprego aumenta de dia para dia e, com ele, a fome, a miséria, a violência e a insegurança. Sejamos realistas: a vida dos portugueses não melhorou nos últimos 365 dias. Bem pelo contrário. A excepção, claro, vai para os do costume: os magnatas da banca e os gestores da empresas públicas, que continuam a ver a sua incompetência premiada com prémios chorudos e reformas douradas.
2. Os anos sucedem-se e Portugal parece, cada vez mais, um país adiado, sem soluções, sem rumo e sem timoneiros. O nosso futuro continua a ser hipotecado por erros e más decisões de políticos que nunca são responsabilizados pelos seus actos de má gestão. Tem sido assim desde o 25 de Abril. Com as consequências que estão à vista.
3. 2009 ficou também marcado pela chegada do H1N1. Como se previa, o vírus espalhou-se pelo globo e o mundo entrou em histeria. Um histerismo sobretudo alimentado pelos “media”. A histeria e o medo ajudam a vender jornais e subir audiências. Uma certeza, contudo: alguém ganhou muitos milhões com o H1N1 e eu não fui um deles...
4. O PSD, partido alternativo do poder, continuou a afundar-se em 2009. Sem rumo, sem ideias, sem lideres capazes não pode ser alternativa, empurrando os portugueses para os braços de Sócrates, apesar da "miséria" que tem sido como governante.
5. A actual "maioria minoritária" parece querer copiar o exemplo de Pinto da Costa há uns anos. Quando tinha algum problema interno, arranjava umas lebres para distrair a comunicação social e assim ter tempo e espaço para a calma resolução dos problemas internos. Mas Sócrates não tem a arte nem o engelho de Pinto da Costa, nem o país é o FCporto. Lebres, Sócrates arranja. É a Assembleia da República, é o Presidente da República, são os casamentos gay... Mas resolver os problemas, governar, é coisa que não faz.
6. O desemprego, o endividamento, o desequilíbrio das contas públicas, a falta de produtividade e de competitividade do país são medonhos e podem levar-nos à "banca rota". Os políticos preocupam-se verdadeiramente? É aflitivo!
7. A modernidade de que tanto fala Sócrates é em muitos casos absoleta. Tudo o que sejam casos fracturantes, atentando contra os valores éticos, é para ele modernidade... Meu Deus, que falta de vergonha! O casamento é entre um homem e uma mulher. Um amor aberto à vida.
Respeito total pela maneira de ser das pessoas. Mas não vale querer igualar o que é diferente.
8. A nível das eleições autárquicas, por esse país fora, ainda se vai muito pela mexeriquice, a má língua, o ataque pessoal, a chantagem sobre eleitores, as guerrinhas pessoais. É pena. Com mais de três décadas de democracia, já devíamos ter crescido mais.
9. A nível da solidariedade internacional, não se andou. Os países ricos não apoiam a sério os países do 3º mundo, a conferência mundial sobre o clima foi um fracasso, a pobreza cresceu no mundo.

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