quinta-feira, 8 de maio de 2014

«Posso acabar por morrer da doença, mas a doença não matará a minha vida.»

há cerca de um mês. Desde 2010 Manuel Forjaz tinha cancro mas mesmo assim nunca se deixou vencer pela doença. Continuou com uma agenda muito preenchida, entre entrevistas, conferências, tratamentos variados e uma vida profissional que quis manter até ao fim. Não gostava de adiar nada, nem de faltar aos seus compromissos.
O professor universitário e empresário tinha um programa semanal na TVI24 e publicou o livro 'Não te Distraias da Vida', onde relatava a sua luta contra a doença. Tinha-lhe sido diagnosticado um cancro no pulmão há 4 anos. Manuel Forjaz notabilizou-se pela forma como encarou a sua doença e a sua luta contra o cancro. Uma das suas frases mais célebres foi: «Posso acabar por morrer da doença, mas a doença não matará a minha vida.»
A forma como expôs a sua doença acabou por ser natural. Abordava o tema da doença e da morte sem medos, e acabou por deixar escritos os seus desejos para o seu velório. A racionalidade e a sensatez foram sempre acompanhadas de uma fé inabalável.
«Sei que vou morrer – vai acontecer com todos – e o facto de ter fé e de não ter medo alivia-me muita da pressão do dia-a-dia», disse diversas vezes.
Manuel Forjaz era católico praticante e acreditava numa vida para além desta vida do mundo. Foi isso que lhe deu forças para não se deixar vencer pela doença.
O cancro não lhe tirava o sono. No dia em que recebeu o diagnóstico, adormeceu em apenas dois minutos. «Vivo com um optimismo esquizofrénico e um pragmatismo muito matemático. Adoro os tratamentos e a quimioterapia, porque enquanto tiverem qualquer coisa para me dar, significa que estou no caminho das pessoas que têm hipótese de se tratarem».

 Fonte: aqui

4 comentários:

  1. Este artista só não vigarizou a morte!... Mas há quem diga que ainda tentou com algumas belas palavras!...

    Um vigarista é sempre um vigarista e depois de vigarizar um, corre sem remorsos a vigarizar outro que, no caso deste artistão, foram centenas os lesados que ficaram a "ver navios"... ou a barca do inferno levar-lhes o devedor!...
    É a vida... ou a morte a não deixar-se enganar!...


    Abraço

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  2. Regista-se o seu comentário no contexto da liberdade de expressão em que, felizmente, vivemos.
    Demarco-me totalmente da avaliação feita a qual compromete apenas o seu autor.
    Por tudo o que li em sites e blogues que me merecem toda a consideração, permito-me demarcar-me do que o senhor visitante disse acerca do falecido.

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  3. Está no seu pleno direito de discordar das evidências postas a nu em órgãos da comunicação social, muito especialmente na SIC, exactamente a estação que pretendeu fazer dele um herói, aquando da sua luta contra o cancro. Só que, quando a SIC fez a reportagem de algumas das vigarices, algumas das quais foram reveladas por vários lesados e os quais deram a cara na TV, ainda o malogrado "herói" não travava a referida luta com a doença que pôs termo à sua vida!... No entanto, para que não restem muitas dúvidas do efeito das lindas palavras que deixam muitos projectos a meio e pagos na totalidade por uma produtividade muito característica daqueles que nadam produzem, mas que muitos "parvos" fazem felizes,é sempre esclarecedor fazer uma visita ao youtube e procurar pelo falecido "artista"!...

    No entanto, quanto à sua confessada demarcação, não esperava outra coisa de quem faz parte de um específico meio da Sociedade em que pouco mais faz do que viver muito bem das boas palavras!... E nem uma questão de liberdade de expressão, porque, neste contexto, essa justificativa não tem colhimento nem "acolhimento", tal como confessou!... Ao postar o comentário do qual se demarcou, não acolheu a opinião baseada em factos que saíram muito caros para muita gente e, ainda muito mais para o Estado, do qual todos fazemos parte, Estado esse que financiou muitas tretas anestésicas e bem dispostas, mas que, no entanto, pouco mais eram do que induzir papalvos a inventar mais projectos que lesaram os bolsos de todos nós, sem qualquer futuro nem sustentação!...
    Por essas e por outras como essas é que nos fomos chegando à beira do abismo do qual agora fazemos de conta que fugimos... ludibriados, continuamente, pelas boas e belas palavras, desfazadas da realidade, da verdadeira solidariedade, da bondade espontânea e do altruísmo que se quer Humano e humilde!...
    Quando há muitas palavras lindas a fazer sorrir os esfomeados, para muitos, pouco mais resta do que o alimento dessa mesma fome. São as palavras que aos muito ricos servem e enriquecem, palavras essas que pouco têm a ver com com a Palavra solidária que mais igualdade deveria construir, de facto!...

    Ainda assim, bem haja por tolerar o meu comentário, embora o tivesse feito com alguma relutância e aspereza!...
    Quanto ao cancro, tenho a certeza que há sempre alguém perto de si a sofrer, infelizmente, de mais esse calvário até à morte; a esses, não lhe dê só palavras de conforto, pode ter a certeza que é preciso algo mais substancial, algo mais importante do que a "extrema-unção a prestações":

    Abraço

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  4. Com ou sem "relutância e aspereza", aqui fica registado o seu comentário.
    No meu anterior comentário, nenhum referência fiz à sua pessoa ou à sua profissão. Tal não aconteceu com o senhor no seu segundo comentário... Mas que nos constituiu juízes dos outros?
    Infelizmente há doentes com cancro perto de mim e de si. Cada um saberá o que faz por eles. Da minha parte, procuro seguir a máxima: "O bem não faz barulho e o barulho não faz bem."
    Só lhe posso dizer por experiência pessoal que, além da acção, o saber ouvir, o acolhimento e uma palavra própria no tempo próprio, não só são apreciados por muitos doentes como estes se sentem ajudados.
    Uma boa semana.

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