quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Auto-de-Fé

 

Depois de ter acompanhado o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada a uma sessão às Caldas da Rainha, onde o ouviu responder com frontalidade a questões simples mas ao mesmo tempo tão complexas como «o que é o céu e onde está?», Zita Seabra convidou o sacerdote do Opus Dei para uma longa entrevista que viesse a resultar num livro. O Padre Gonçalo Portocarrero de Almada anuiu ao convite sem colocar qualquer limite nem aos temas a abordar nem à forma e conteúdo das perguntas.
Este livro contém, assim, uma conversa que muitos considerariam improvável: Zita Seabra e o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada gravaram diversas horas de diálogo transcritas no livro que agora se publica.A eterna e muito actual discussão entre Fé e razão, ou a ciência como fronteira da Fé, o mal e o pecado face a um Deus criador, o papel da Igreja Católica no mundo de hoje, a fundação do Cristianismo, ou a figura de Jesus Cristo enquanto ponto de partida e de chegada do Cristianismo e a existência na existência de Deus são alguns dos temas abordados por Zita Seabra e a que o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada responde. Sendo Gonçalo Portocarrero de Almada padre do Opus Dei, uma das organizações da Igreja que mais interrogações suscita, era tema que não podia ficar obviamente de fora do livro.
Fonte: aqui
 
Na noite de hoje, no Centro Paroquial de Almacave (Lamego), relizou-se a apresentação do livro "AUTO-DE-FÉ". Estiveram presentes os autores, Zita Seabra e P.e Gonçalo Portocarrero de Almada, Mons. Arnaldo Cardoso que fez a apresentação, Mons. Vigário Geral, os párocos de Almacave, P.e Guedes e P.e Abrunhosa.
O Diác. Adriano e eu participámos no evento.
Esperava a presença de bastante mais gente, tantos padres como leigos.
Pessoalmente, gostei de rever Mons. Arnaldo, meu ilustre professor, e por quem sinto muita admiração.
Foi agradável ouvir tanto o apresentador como os autores.  Particularmente apreciei as palavras do P.e Gonçalo. Muito claro, estilo leve de comunicação, onde a piada elevada e o humor aconteceram frequentemente.
 
Neste Ano da Fé, o livro apresenta a fé integral, sem cair na tentação de dizer só aquilo que as pessoas gostariam de ouvir e no modo como as queriam ouvir. A linguagem, muito próxima e muito humana, sem camuflar a verdade.
 
"Autos-de-fé eram cerimónias públicas de execução das sentenças do Tribunal do Santo Ofício, a instituição criada pela Inquisição no século XVI, que mandava para a tortura, a condenação à morte  e a fogueira qualquer suspeito de heresia. Eram grandiosos espectáculos, com pompa e um rigoroso cerimonial, ao qual prsidiam as autoridades religiosas e civis."
 
  «Houve um tempo em que a Igreja depunha os reis que não lhe eram submissos, anatemizava  infiéis e excomungava os hereges. Mas hoje, no inicio do terceiro milénio da era cristã, é a Igreja que se senta no banco dos réus da nova inquisição: a opinião pública. O Papa, os bispos, os padres, os religiosos e os leigos são constantemente inquiridos sobre as razões da sua fé.»
«Talvez polémica nalgumas das suas afirmações, embora ortodoxa na sua essência, esta resposta pessoal não é contra nada, nem ninguém, porque, se enquanto cidadão e fiel cristão, me cumpre a liberdade de expor a minha opinião, como padre não me compete julgar, nem condenar as pessoas, mas ser ministro da misericórdia de Deus, para as absolver e, a todas, sem excepção, acolher, servir e amar.»

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

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