sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Há famílias que são como o Titanic

No aspecto educativo, muitas famílias, mormente entre os 30 e os 45 anos, lembram o Titanic. Metem água por todos os lados. Afundam-se e levam para o fundo os filhos.

Toda a preocupação com o aspecto físico e com o "gozar a vida"; quase nula preocupação com os valores e o espiritual. O que interessa é parecer em forma, belo (a), mostrar um físico invejável, estar ao nível - ou superior - do vizinho ou do colega. Mesmo que, espiritualmente, se seja um anão... O que interessa mesmo é o individual, sentir-se bem. A família? Os outros? ... que se amanhem...

Há sempre tempo e dinheiro para:
- o ginásio
- a piscina
- a night - nem que tenham que se "encostar os filhos" aos avós, a amigos, ao computador...
- queixar-se dos outros e dos governantes porque são assim e assado...

Não há tempo nem disponibilidade económica para:
- educar para os valores
- cultivar o espírito
- rezar
- fazer algo pelo bem comum
- estar, sentir e viver família...

Depois temos:
- multidões de crianças e jovens com roupas, computadores e telemóveis de marca, mas vazios de carinho e de amor;
- crianças e jovens que não vivenciam o que é ser família, passear com a família, brincar com a família, partilhar em família...
- crianças e jovens revoltados, mal educados, que não sabem estar, que não respeitam, que só fazem asneiras, incapazes de concentração e de aberturas aos valores;
- pais que justificam todas as asneiras dos filhos com o "agora é assim, são todos assim..."
- pais que não têm mão nos filhos e chegam a dizer aos educadores: "eu não consigo, veja se você consegue";
- pais que fazem um chinfrim dos diabos se o educador toma uma posição mais enérgica perante os desvarios do educando;
- pais para quem Deus e a comunidade nada contam. Passaram a noite de sábado na night ou na borga e o domingo é para descansar...
- pais cuja autoridade reside na chantagem: "se comeres a sopa, se tiveres boas notas, dou-te isto ou aquilo".

Ainda se pensou que a crise ajudasse a cair "na real". Num estilo de vida mais simples, mais familiar, marcado por valores, mais solidário. Mas parece que as pessoas continuam a "assobiar para o lado".

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