sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A riqueza das crianças


"É uma tristeza. Na minha terra não há uma única criança" – dizia-me há dias um antigo paroquiano. E uma jovem de 17 anos, dizia-me há tempos que era a única rapariga nova em toda a sua freguesia.

Tem razão o director do Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha ao dizer que a "Alemanha é o país mais pobre da Europa". (Welt Online, 3 de agosto). Ele estava-se a referir à pobreza em termos de crianças, mas podemos dizer que é pobre uma família sem filhos, por mais dinheiro que tenha. E o mesmo se aplica a um país.
Egeler fez esta preocupante afirmação no último 3 de agosto, ao apresentar os resultados do último microcenso nacional, o Mikrozensus 2010.
Os dados revelam que entre 2000 e 2010 houve uma queda de 14% no número de crianças e menores no país. Enquanto eles eram quase 15,2 milhões no ano 2000, no ano passado foram contados 13,2 milhões, ou 2,1 milhões a menos em 10 anos.
Com seus 13,2 milhões de menores, a Alemanha tem a percentagem mais baixa de crianças entre todos os estados europeus: eles são apenas 16,5% da população alemã (em 2000 eram 18,8%). Enquanto na Bulgária (16,7%) e na Itália (16,9%) a situação é parecida com a da Alemanha, a vizinha França se orgulha de uma taxa de fertilidade de 2 filhos por mulher e apresenta a percentagem de quase 22% de menores em sua população. Na Grã-Bretanha, Holanda e países escandinavos o número de crianças também supera 20% da população.
De Portugal não temos estatísticas mas, segundo lemos há tempos, o país está entre os que têm a menor taxa de fertilidade. E as políticas do último governo devem ter agravado e muito esses números. É do conhecimento geral que os governos anteriores favoreceram quem abortava em detrimento de quem acolhia um filho.
Estamos numa altura de grande crise económica mas isso não pode ser desculpa para não favorecer a maternidade.
E aos professores e catequistas deixamos aqui um apelo. Amem os vossos alunos. Ajudem-nos a crescer e a ser alguém. Não lhes faltem com carinho e compreensão. Ajudem-nos a gostar de ser crianças e adolescentes. Um dia lembrarão com saudade esse tempo e gostarão também de ter crianças.
In Amigo do Povo

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