quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O meu condiscípulo e as Festas dos Remédios

Combinámos encontrarmo-nos hoje em Lamego. Dados os meus afazeres, não pude estar à hora marcada, chegando bastante atrasado. Jantámos à pressa e o P.e Adriano Alberto arrancou para uma reunião. Ficámos de nos reencontrar após essa sua reunião.

Aproveitei para deambular pela avenida, pelo recinto da feira e pelo parque de diversões. Quantas evocações! Nasci praticamente à sombra do Santuário da Senhora dos Remédios. As festas eram ansiosamente aguardadas por crianças, jovens e adultos, sobressaindo três acontecimentos: Marcha Luminosa, noitada da Festa e a Procissão. Então aquela noitada de 7 para 8 de Setembro tinha magia. Nada nos arrancava dali antes do alvorecer da aurora.
Já após a festa e por isso com muito menos gente, o ambiente contudo, despertou em mim memórias vivas de outros tempos. A Imensidade de barracas e tendas, os odores, a música no ar, os bandos de adolescentes algazarreando, os pares de namorados, ora apressados ou bisbilhotando as peças que o comércio expõe, as famílias juntas - só com uma diferença em relação a outros tempos. Tal como na praia, também vi que o papel principal cabe hoje aos pais e não às mães. São eles que geralmente levam o bebé ao colo, empurram os carrinhos, dão a mão aos filhos. No parque das diversões, soltei a criança que há dentro de mim. O que me ri nos carrinhos! Duas moças conduziam um numa pista em que os restantes condutores eram praticamente só rapazes. A porradinha que o pobre carro levou! De trás, da frente, dos lados... Cada salto que as pobres raparigas davam! Há colunas mesmo resistentes! Bom, mas elas estavam felizes.
Regressei entregue ao filme que desbobinava no ecrã da minha memória. De repente ouço:
- Vai ali o nosso padre!
Acordei.
- Ah! São vocês! Ia tão entretido com os meus pensamentos que não me apercebi. Desculpem.
- Tudo bem, senhor padre! Deu para entender que o senhor ia na Lua...

O telefone toca. Era o meu condiscípulo a dizer que a reunião terminara e que estava à minha espera para mais um bocadinho de conversa.
Rimos, dissemos umas piadas, conversámos, partilhámos. Como sempre agradável, muito agradável. Ficámos de nos encontrar com mais tempo.
Já dentro do meu jeriquito, pensei numa frase que outro grande amigo meu, Mons Guedes, Pároco de Almacave, gosta de referir:
- Só padre compreende padre.

2 comentários:

  1. Só padre compreende padre?
    Então, caro padre, que explicação arranja para isto?
    http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=50B5CB70-1328-47CF-B1F7-3C77AEDB3E4A&channelid=00000009-0000-0000-0000-000000000009

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  2. Deus,k era Deus nao agradou a todos...e fez tanto por todos nós,ninguem fez o k ele fez,e mesmo assim houve kem o traisse e o apunhalava...! Por isso Sr. Padre,é natural dizr k so um Padre compreende outro Padre... Voce é uma pessoa fantastica,k admiro mt e k MUITO faz por esta paroquia...nao ligue a kem nao sabe agradecer tudo o k faz a serviço dos outros...
    OBRIGADO,do fundo do coraçao obrigado...

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