sexta-feira, 4 de setembro de 2009

As peripécias de uma chave

Há cerca de ano e meio que não ia lá. Tinha umas questões a resolver sobre o meu andarzito, mas fui adiando. Até que não podia esperar mais. Fui.
Ontem, ao sair do andar - cabeça no ar! - saí, bati a porta e deixei a chave lá dentro. E agora? Nem telemóvel trazia comigo. Não conhecia ali ninguém. Toca a pedir que me deixassem fazer alguns telefonemas até encontrar o meu cunhado do Porto que tinha ficado com uma chave com vista a realizar alguns trabalhos de restauro logo que ele pudesse. Chegou com minha irmã e sobrinha ao fim do dia, após o trabalho. Aproveitei a tarde para um longo passeio pela praia.
Quando chegaram os meus familiares, outro contratempo. Tinha deixado a chave na fechadura do lado de dentro. Assim, não foi possível abrir a porta.
Toca a vir para a rua pedir apoio às pessoas que, senda da terra, nos pudessem ajudar. Todas fantásticas, atenciosas, colaborantes. Mas meios para resolver o problema, não havia. Bom, toca a telefonar para os bombeiros, seguindo as indicações: "Ligue para este número." Deste indicaram outro, e ainda mais outro. Finalmente conseguimos. Vem a indicação: "Só para tirar o carro da garagem, são 70 euros. Depois paga ao quilómetro e mais isto e aquilo..." Seriam mais de cem euros certamente. Dissemos que íamos tentar resolver o problema de outra maneira.
Voltámos a procurar na localidade gente que nos pudesse ajudar. Nas obras, àquela hora, ninguém. Outra vez a mesma simpatia, mas não havia meios. E vinha o conselho:
-Por que razão não ligam para os bombeiros?
- Já ligamos - ia respondendo o meu familiar. Só que querem cem euros!
Então vi surgir em todos os que nos davam o conselho a mesma indignação.
- Pode lá ser? Então andam sempre por aí a pedir para os bombeiros e depois, quando os cidadãos, precisam exigem esse custo?? Que ricos voluntários! Deixa-os cá ver outra vez!
Não fiz nenhum comentário. Talvez por ser bombeiro. Mas que fiquei aborrecido, isso fiquei....
Finalmente a solução. Apareceu um casal vizinho, já com alguma idade, que tinha com que resolver o problema. Cinco minutos depois, estava a porta aberta.
Podia agora resolver os problemas que me tinham levado até lá.

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