Tempos houve em que um secretário-geral do PS prometia 150 mil empregos. António Costa não foi tão longe: em entrevista ao Correio da Manhã, o líder foi mais modesto. Tirando o clássico 'não governamos com esta direita', o discurso oscilou entre generalidades vácuas (o país precisa de 'choques de rendimento') e uma repetição da estratégia que enfiou Portugal no fosso (como o relançamento do sector da construção). Bem espremido, tudo fantasias para otário ver. Nos assuntos que importam, Costa não prometeu baixar impostos (só sobretaxas) ao mesmo tempo que a reposição de salários será QDQ (quando Deus quiser). Eis, em suma, a estratégia eleitoral do Partido Socialista: não prometer nada de relevante e prometer tudo o que é irrelevante.
João Pereira Coutinho, 2.01.2015, Correio da manhã
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