Nos automóveis ligeiros de passageiros, que não são de luxo, o comércio disparou quase 40% nos primeiros dois meses do ano
Veja aqui
Sinais de saída da crise?
Se podem existir sinais de retoma, estes refletem-se tanto nos ricos como nos pobres. É claro que os ricos os sentem primeiro e mais exuberantemente.
No plano social, os carros de luxo fazem reverter muito mais impostos para o Estado do que os utilitários, como aliás já referi num post que aqui coloquei. Ora de impostos é que o Estado precisa para custear o ensino, a saúde, as reformas, a segurança e ir pagando a tremenda dívida que temos sobre as costas.
E no plano pessoal? Será que os portugueses não aprendem com a crise? Voltamos ao despesismo que sempre traz ruína? Para muitos portugueses, o automóvel vai além do utilitário para se situar no "status". Ter uma 'bomba' significa, para muitos, prestígio social, dar nas vistas, chamar a atenção, colocar-se acima dos demais.
Infelizmente somos uma sociedade cheia de tiques sociais, vivendo mais para o parecer do que para o ser. O carro caro e o telemóvel da última geração estão em primeiro lugar. Antes da educação dos filhos, do cuidado com o futuro, da casa, do investimento rentável, da cultura... Para muitos, poupar cheira a "fascismo" e, portanto, há que gastar, mesmo o que se não tem...
E é esta cultura de despesismo e de exibicionismo que se transmite aos mais novos. Gente que está a começar a vida, mas para quem a primeira preocupação é conseguir uma 'bruta máquina para as mãos'. Conseguir casa? Preocupação com o futuro? Investir? Que é isso!? O que está mesmo a dar é gozar a vida... Mesmo com consequências trágicas, como as que diariamente nos chegam pela comunicação social.
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