A conferência introdutória do cardeal Walter Kasper
no último Consistório já não está fechada a sete chaves.
A intervenção pode ser lida aqui na íntegra (ou aqui, num resumo dos seus pontos essenciais). Nela, Walter Kasper considerou que o ensino da Igreja aparece hoje, para muitos cristãos, como “distante da realidade e da vida”. E citou a exortação Evangelii gaudium, do Papa Francisco: “A família atravessa uma crise cultural profunda, como todas as comunidades e vínculos sociais. No caso da família, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque se trata da célula básica da sociedade.” (EG 66).
O cardeal alemão acrescentou que muitas famílias se confrontam hoje com “grandes dificuldades”, referindo especificamente situações como a “migração, fuga e afastamento”, as “condições de miséria indignas do homem”, o “individualismo e o consumismo”, as “condições económicas e de trabalho”. Para concluir: “O número daqueles que têm medo de fundar uma família ou que fracassam na realização do seu projeto de vida aumentou de modo dramático, como também o das crianças que não têm a sorte de crescer em uma família ordenada.”, tal como há um “rápido crescimento das famílias desagregadas, [que] parece ser uma tragédia ainda maior”. E por isso a Igreja “é desafiada por essa situação”, disse.
Além do elogio que fez à intervenção do cardeal Kasper, o Papa falou do tema de novo, na sua homilia da missa matinal na Casa de Santa Marta. Falando do casamento e da sua beleza, Francisco disse que “o amor muitas vezes fracassa” e apelou a que os cristãos sejam capazes de “sentir a dor deste fracasso” e de “acompanhar as pessoas que sofreram este fracasso do próprio amor.”. E apelou: “Não condenem! Caminhem com eles.”
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