Não à militância político-partidárias dos padres
D. Jorge Ortiga, disse que o padre 'deve dedicar-se às coisas de Deus e afastar-se da militância política'.
'Para
ser padre não é necessário mergulhar no mundo da política', disse o
prelado, em jeito de recado para muitos sacerdotes da arquidiocese de
Braga e do País que militam em partidos políticos e que, muitas vezes,
até são candidatos.
Tratando-se de uma diocese
onde, nos últimos anos, houve vários padres candidatos a órgãos
autárquicos, as palavras de D. Jorge Ortiga foram entendidas como uma
recomendação ao clero, para que evite aventuras político-partidárias.
'As
indicações que temos é para evitarmos, de todo, o caminho da política.
Pedem-nos mesmo que nem sequer sejamos militantes de qualquer partido',
disse ao CM um padre de Braga, manifestando 'total concordância' com os
alertas do arcebispo. O arcebispo de Braga entende que os padres 'devem
dedicar-se por inteiro à sua missão evangelizadora, colocando no patamar
imediato das preocupações a questão social e caritativa'.
'A
vida paroquial, nomeadamente a ministração dos sacramentos, assim como o
trabalho constante no sentido de impedir situações de injustiça e
pobreza extrema na comunidade, devem ser as grandes preocupações do
sacerdote. Para isso não é necessário mergulharem no mundo da política',
explicou ao CM D. Jorge Ortiga.
Fonte: aqui
É “necessário evitar
a secularização dos sacerdotes
e a clericalização dos leigos”
A entrada dos padres na política, alertou, poderia comprometer “a unidade e a comunhão de todos os fiéis”.
Recebendo um grupo de Bispos do Nordeste do Brasil, o Papa defendeu
que é “necessário evitar a secularização dos sacerdotes e a
clericalização dos leigos”.
“Nessa perspectiva, portanto, os fiéis leigos devem empenhar-se em
exprimir na realidade, inclusive através do empenho político, a visão
antropológica cristã e a doutrina social da Igreja”, explicou.
Fonte: aqui
POLÍTICA E PARTIDOS POLÍTICOS
Tudo isto é aceitável e penso que há um consenso muito grande em todos os quadrantes sociais e religiosos.
No entanto, a Igreja Católica não impede ninguém de exercer a sua cidadania, participando a todos os níveis na vida da cidade.
O padre, pelo facto de ter assumido esta condição ou missão, tem direito a voto, paga impostos, está inserido na vida da cidade como qualquer cidadão, por isso, assiste-lhe o direito de participar com a sua reflexão, a sua opinião e o seu contributo para uma melhor convivência social.
Muitos entre nós admiram-se quando alguém se destaca a este nível. Porque, simplesmente pensa e partilha o seu pensamento com os demais.
Não parece ter direito a tal, se reflete em sentido contrário ao pensamento geral, se não vai com o que dita a maioria e não subscreve o poder dominante, então, mete-se na política partidária. Uma lógica totalmente errada e sem sentido nenhum.
Assim sendo, então afira-se a mesma bitola para o Papa quando fala, os bispos. E não se descure tantas outras situações de colagem clara com os poderes dominantes.
(...)
O
que dizer das meias palavras, os silêncios estudados, os gestos
calculados para não melindrar suscetibilidades políticas? – Apenas estas
questões para nos fazer pensar e nos obrigar a não ver as coisas só e
unicamente num sentido...
Para
sermos honestos com o pensamento coloquemos, então, a verdade em todas
as vertentes para que não sejamos injustos, não prejudiquemos a
liberdade de expressão e a assunção do pensamento que pode revelar-se de
importância crucial para uma sociedade mais humana e mais justa.Fonte: aqui
Militância político-partidária, seja qual for o seu grau, o sacerdote não deve fazer.
Política no sentido da reflexão e intervenção cívica visando o bem da sociedade, o padre pode e deve fazer. É um cidadão na plenitude dos seus direitos.
O homem é um animal político. |
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