Bradley Manning é o jovem soldado norte-americano condenado a 35 anos de prisão por ter divulgado, no âmbito do caso Wikileaks, 700 mil documentos reservados. É, não, era: ao canal norte-americano NBC declarou ser mulher. Apesar de Bradley, que, segundo a sua defesa, sofre de problemas psicológicos, se sentir feminino desde a sua infância, só agora pretende iniciar o tratamento hormonal que o converterá na menina Chelsea.
Embora mantenha o aspecto viril, Bradley já se intitula Chelsea, o que deve gerar alguma confusão no sistema penitenciário. De facto, se prevalecer a sua identidade actual, Manning é varão, mas, se se aceitar a sua declaração, é mulher. Ora não há prisões para delinquentes de sexo indefinido, ou em transição, e em nenhuma cadeia masculina se aceita uma detida nem, num presídio feminino, um recluso. Se pega a moda, é de temer que outros presos se sirvam do mesmo subterfúgio para evitarem a segregação sexual a que o regime presidiário obriga.
Reconheça-se a Manning o direito à sua identidade e à aparência que quiser, mas não se lhe permita que use a ideologia de género para falsear os mais elementares princípios éticos.
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