1. Neste fim-de-semana em que se pediu à comunidade que se empenhasse na venda das rifas em favor do Centro Paroquial, ressalto:
- o agradecimento à pessoa que teve esta iniciativa e a levou a cabo de forma gratuita para a Igreja, sempre em sintonia com o pároco.
- o entusiasmo de tanta gente, crianças, jovens e adultos, que alegremente corresponderam ao apelo e levaram as rifas para venda;
2. Apenas duas situações que me encheram a alma. Uma criança andava a vender as rifas e encontrou-me. Abanando nas mãozitas a caderneta, disse:
- Sô padre, sô padre, já vendi algumas rifas.
- E está tudo a correr bem- perguntei?
- Está.
Encolhendo os ombritos, a menina de 8 anos, desabafou:
- Pedi a um senhor que me comprasse uma rifa e ele disse: " Andam estes pivetes a incomodar as pessoas com uma coisa dessas! Desaparece!"
Animei a pequena, que rapidamente acrescentou:
- Eu vou vendê-las todas!
Deixe-lhe um beijinho e ela partiu sorrindo.
Fui à minha vida com aquela frase da pequena a martelar-me a alma de esperança. "Vou vendê-las todas!" Assim mesmo! Esta determinação, este optimismo, esta coragem são indispensáveis à comunidade. Toda. Unidos, determinados e coesos, levaremos em frente o nosso Centro Paroquial.
Uma senhora havia ficado com duas cadernetas para vender. Acabada a Missa e resolvidas algumas questões, dirigi-me para o velho Golf rumo a outra Eucaristia. É então que aparece a senhora das rifas, dizendo:
- Leve o dinheiro para a Igreja, que estas já as vendi. Traga mais para a próxima.
- Já!? Tão rápido?
- A minha família tinha que dar o exemplo. Não me sentia bem a vender aos outros, se nós não comprássemos primeiro. Está feito. Não se esqueça de trazer mais.
Fantástico! A caridade começa em casa. O exemplo começa por nós. Fiquei contente com a maneira como esta senhora oferece serenamente uma belíssima proposta de vida.
3. Tendo almoçado em casa de uns paroquianos, acedi ao amável convite para um breve passeio após a refeição. Era nossa intenção passar pela região duriense que todos muito apreciamos. Só que no acesso à A24, quem conduzia enganou-se e meteu na direcção de Viseu. Já que não era possível voltar a trás sem percorrer um bom naco de autoestrada, resolvemos seguir em frente, em direcção às Portas do Montemuro de onde se desfruta uma paisagem de rara beleza. Ui, que frio! Parecia que o ventinho serrava os ossos. Por isso, aí a demora foi pouca.
Já que estávamos perto de Tendais, sugeri - todos concordaram - que descêssemos para dar um abraço ao meu condiscípulo P.e Adriano Alberto. Felizmente estava e recebeu-nos gentilmente.
Foi então que o meu condiscípulo nos mostrou o Lar de Idosos há pouco inaugurado. Eu já conhecia, mas revisitei. Os meus acompanhantes ficaram admirados com as condições do Lar, a estrutura da construção e a preocupação com o bem-estar dos idosos, apoiado nas mais modernas concepções. E pelo que nos foi dito, preços mais baixos em relação à nossa zona.
Assim não admira os sentidos e repetidos parabéns que os meus acompanhantes endereçaram ao P.e Adriano pela obra levada a cabo por aquela Paróquia.
Foi um prazer muito grande rever velhos amigos, D. Júlia e senhor Pereira, pais do meu condiscípulo. Embora na casa dos oitenta, parecem uns jovens.
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