Em França, a redacção do jornal satírico Charlie Hebdo foi incendiada por ter feito um número intitulado "Charia Hebdo".
Ao longo destes anos nunca tive a menor paciência para com os jornalistas, escritores, dramaturgos e demais profissionais da contestação cuja irreverência perante as democracias ocidentais em geral e o cristianismo em particular é inversamente proporcional ao silêncio que mostram perante o islão. E agora que a dita "primavera árabe" provocou arrebatamentos místicos em grande parte das redacções da Europa, este ataque ao Charlie Hebdo, simplesmente porque resolveu fazer humor com Maomé, a par das notícias sobre o crescimento da intolerância religiosa no Egipto, sem esquecer que as primeiras decisões do novo poder da Líbia se prendem com a instauração da poligamia, mais que justificam que trate este assunto. Contudo (...) nem de longe nem de perto consigo dar conta da minha perplexidade sobre a imensa tolerância que na Europa se mostra para com aqueles que apostam na extrema violência. Como são os fundamentalistas islâmicos em França (...)
Helena Matos, in Público
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